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Então sem mesmo serem choradas iriam para a terra resgatar a mocidade em perfume de flores... Outras, affazendo-se á solidão, vivendo na phantasmagoria luminosa do flos sanctorum, iriam de degrau em degrau á loucura santificada. E, mortas tambem, seriam adoradas sobre os altares...

A estante do Ecclesiastico hospedaria fraternalmente entre os breviarios, o Flos Sanctorum, e as folhinhas de reza, estes opusculos do seculo. Os paes de familias os depositariam, depois de lidos, para se tornarem muitas vezes a reler, na papeleira por baixo do seu oratorio. O pastor os folhearia, ruminando elle tambem nos campos do espirito, no meio do rebanho mais bem tratado.

Da praia do seu pensamento, das regiões da liberdade, da sancta sanctorum onde guardava este evangelho da sua religião politica: «A liberdade, a igualdade, prégadas no Golgotha, selladas com o sangue de Christo, verdades religiosas no Evangelho, vieram a ser na austera Suissa, n'esses Estados Unidos que se sacrificam pelo escravo, grandes verdades sociaes.

O dia 5 de abril é o de Santo Adriano e é o de Danton e de Camille Desmoulins. O dia 23 do mesmo mez é o aniversario do nascimento de S. Jorge e é tambem o da morte de Shakespeare e de Cervantes. Nem toda a gente sabe, de pronto, sem consultar a collecção dos bolandistas ou o Flos Sanctorum o que foram precisamente para o mundo e para Deus, Bernardino, Adriano ou Luciano.

Mas, por mais que quizesse affastar do seu espirito a idéa do elephante branco, essa terrivel idéa acudia-lhe sempre, pelo que jámais conseguiu tirar da compra que fizera o resultado que esperava... Não sei quando, nem mesmo onde, existiam dois esposos, que se enriqueceram... de filhos. A boa fortuna parecia apostada em querer que elles esgotassem todos os nomes do Flos sanctorum.

Mas, tornando ao conto, escreve ainda D. Rodrigo da Cunha: «Não é o Flos sanctorum de Alcobaça o que faz menção d'este milagre, que deu occasião a se converterem tantas almas n'este nosso Bispado, e em lugares tão visinhos ao Porto. No Breviario antigo da de Oviedo, se acha um hymno, que se costumava a resar na festa de Sanct'Iago aos 25 de julho, em que claramente se faz allusão a elle.

Sim, é porque Deus que os Van Eyck põem todo o seu génio enorme no retábulo de Gand e Memling toda a sua indizivel candura nas telas do Hospital de Bruges; é porque Deus que Jehan Pucele, Pol de Limbourg, Jehan Fouquet e outros gastam uma vida inteira iluminando insonhaveis, preciosissimos missais, livros de Horas e psalterios; é porque Deus que Fra Angelico, o divino, ergue as mãos em résa antes de começar o seu labôr e nunca altera o que pintou, «porque foi Ele quem guiou o seu pincel»; é porque Deus que um formigueiro de arquitectos e maçãos levanta as catedrais de Amiens, Reims, Paris, Chartres, Bruxelas, Lincoln, Colonia, Strasburgo, e pintores as decoram, e esculptores as vestem de milhares de estátuas , e marceneiros as enriquecem com madeiras prodigiosamente lavradas, e vitralistas-poetas, perdulários de sonho e de emoção, lhes encastoam nas esguias ventanas ogivadas todos os milagres da Legenda Sanctorum feitos linha e côres inimitaveis.

Este templo, que era portatil, e se chamava tambem tabernaculo, acompanhava o exercito e era dividido em duas partes: na interior, que se chamava sancta sanctorum, estava a arca do testamento, e intrava o summo sacerdote; na exterior havia um altar, em que se queimavam essencias e um candelabro com septe lumes.

Um melodrama em Santo Thyrso, n'uma terra pacifica e bem morigerada, cujos habitantes mais notaveis pela sua respeitabilidade, lêem o Flos Sanctorum, e suspiram pelo tempo dos frades, d'esses incançaveis moralisadores e bemfeitores da população! A horas mortas?! Sim, não posso deixar de confessar que a perversão dos costumes tinha chegado a Santo Thyrso!

Guizot calcula em vinte e cinco mil as vidas de santos de que se compõe a bibliotheca bollandista, e são esses acta sanctorum quotquot tote orbe coluntur que encerram a historia inteira da humanidade sob o regimen clerical em toda a Europa e em quasi todo o Oriente, desde o seculo VI até o seculo XII! Com razão conclue Buckle o grande historiador da civilisação que o maior dos estorvos do progresso tem sido a manutenção do erro pelo poder litterario.