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Ficou assim alguns instantes; levantou-se. Ainda outra vez fitaram-se nos olhos como se um dêles acabasse de chegar, com uma sacola de dor, de muito longe... E agora, entre lágrimas, sorriam. Êle pôz-se a dizer-lhe muito baixo: Juro por Deus, minha mãe, juro por si, que ainda a hei-de fazer muito feliz... Hei-de pagar-lhe com amor, com muito amor, os meses de martírio que lhe dei. Verá, verá.

Longa penna tirando da sacola, papel na mão, como rapaz d'escola, e p'ra a lição estando muito attentos, tomavam com cautella apontamentos. «A sciencia genial das bagatellas, que tendes como a compota nas tijelas, lançae no caldeirão.

Era um homem que parecia o cartaz da sua Companhia, apertado n'um jaquetão de xadrezinho escuro, com polainas de jornada sobre botas brancas, uma sacola de marroquim a tiracolo, e na botoeira uma roseta multicor resumindo as suas condecorações exoticas de Madagascar, de Nicaragua, da Persia, outras ainda, que provavam a universalidade dos seus serviços.

Campos e vinhas!... hortas com flores!... Ai, que ditosos os lavradores! Olha, fumegam tectos e lares... Fumo tão lindo!... branco, nos ares!... Batem ás portas, erguem-se as mães, Choram meninos, ladram os cães... Resam e cantam, levam a esmola, Vinho no bucho, pão na sacola. Fructa da horta, caldo ou toucinho, Dão sempre os pobres a um pobresinho.

Que perfusão esplendida de côres E os pobres, pelas tardes perfumosas, Corôam-se de mirtos e de rosas, E atafulham de rosas a sacóla... Santa abundancia, abençoada esmola A tua, ó primavéra do Senhor... Alvorada de rosas e de amôr... Acima companheiros! Alegres como airádas borbolêtas, Visitêmos os pálidos poetas, Que andam a cismar entre os loureiros...

E o seu verso dolente evoca dentro em mim: Ao longe, muito ao longe, á branca luz do luar, Os tremulantes sons d'ignoto bandolim... Perdularia Passou junto de nós, pedindo esmola, Uma creança rota, magra, invalida. Deitaste-lhe dinheiro na sacola, Beijaste-lhe em seguida a face pallida. Que feliz foi o pobre da sacola! O seu desejo era bem mais modesto.

Deu logo a um pobre, que ali rezava a Avé-Maria, com a sua sacola nos joelhos, tudo o que no mundo lhe restava, que era um volume do Evangelho, muito usado e manchado das suas lágrimas. No domingo, na igreja, ao levantar da Hóstia, desmaiou. Sentindo então que ia terminar a sua jornada terrestre, quis que o levassem para um curral, o deitassem sôbre uma camada de cinzas.

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