United States or Chile ? Vote for the TOP Country of the Week !


Assim devia de ser. Tambem tu! Tiraram-me tudo. Que lh'o leve Deus em conta e lhes perdoe como eu perdoei ja. Telmo, vai fazer o que te mandei. *Telmo*. Meu Deus, meu Deus! que heide eu fazer? *Romeiro*. O que te ordena teu amo. Telmo, dá-me um abraço. *Telmo*. Até quando, senhor? *Romeiro*. Até ao dia de juizo... *Teimo*. Pois vós?... *Romeiro*. Eu... Vai, saberás de mim quando for tempo.

*Romeiro*. Pois por quem?... não lhe ouvis gritar: «Espôso, espôso?» *Magdalena*. Marido da minha alma, pelo nosso amor te peço, pelos doces nomes que me déste, pelas memórias da nossa felicidade antiga, pelas saudades de tanto amor e tanta ventura, oh! não me negues este último favor. *Romeiro*. Que incanto, que seducção! Como lhe heide resistir! *Magdalena*. Meu marido, meu amor, meu Manuel!

*Romeiro*. Basta: vai dizer-lhe que o peregrino era um impostor, que desappareceu, que ninguem mais houve novas d'elle; que tudo isto foi vil e grosseiro imbuste dos inimigos de... dos inimigos d'esse homem-que ella ama... E que socegue, que seja feliz. Telmo, adeus! *Telmo*. E eu heide mentir, senhor, eu heide renegar de vós, como ruim villão que não sou? *Romeiro*. Hasde, porque eu te mando.

*Romeiro*. Não os visitei; morei vinte annos cumpridos. *Magdalena*. Sancta vida levastes, bom romeiro. *Romeiro*. Oxalá!

E eu, que uma vez, largando o patrio ninho, romeiro do progresso em balde te busquei, retomarei de novo o undívago caminho, e irei juntar meu hymno ao seu triumpho; irei pender na escola-templo os festões da poesia, e, novo Simeão, findar a vida em paz. Onde o homem que se humana affoito invoca o dia direi: «A patria é esta; aqui viver me apraz;

N'essa hora de separação, rodeada dos seus sacerdotes, rodeada dos seus magistrados, D. Patrocinio das Neves ia decerto revelar qual fôra o seu intimo motivo, em me mandar, como sobrinho e como romeiro, á cidade de Jerusalem.

Se assim o pensares, leitor benevolo, quem sabe? póde ser que eu tome outra vez o bordão de romeiro, e va perigrinando por esse Portugal fóra, em busca de historias para te contar. Nos caminhos de ferro dos barões é que eu juro não andar. Escusada é a jura porêm. Se as estradas fossem de papel, fa-las-iam, não digo que não. Mas de metal!

Que se não abre a terra debaixo dos meus pés?... que não cahem éstas paredes, que me não sepultam ja aqui?... *Jorge*. Callae-vos, D. Magdalena: a misericordia de Deus é infinita; esperae. Eu duvido, eu não creio... éstas não são coisas para se crerem de leve. *Romeiro*. Como a mim mesmo. *Jorge*. Se o vireis... ainda que fôra n'outros trajes... com menos annos pintado, digamos conhece-lo-heis?

Oh! eu não merecia estar onde estive: bem vêdes que não soube morrer . *Jorge*. Pois bem: Deus quiz trazer-vos á terra de vossos paes; e quando for sua vontade, ireis morrer socegado nos braços de vossos filhos. *Romeiro*. Eu não tenho filhos, padre. *Jorge*. No seio da vossa familia... *Romeiro*. A minha familia... não tenho familia. *Magdalena*. Sempre ha parentes, amigos...

E, romeiro abastado, soprando á brisa o fumo do meu cigarro assim deixei o portão de minha tia, em caminho para Jerusalem! Foi n'um domingo e dia de S. Jeronymo que meus pés latinos pisaram emfim, no caes de Alexandria, a terra do Oriente, sensual e religiosa. Agradeci ao Senhor da Boa Viagem.