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Tenho tempo de participar-te que Paulina entrou hoje n'um convento, contra a vontade do pae. O conde de Rohan suppõe que és tu a causa d'este successo. Bartholo suppõe que a filha se enclausurou para de requerer casamento comtigo. Elles e eu andamos litteralmente ás aranhas. Ella e tu sois os ferrolhos do mysterio. Sae a mala. Adeus. AlmeidaMadrid, 12 de setembro de 1842.

«Bartholo vive muito ha dias com um marquez gallego, que veio ao senado; riquissimo gallego, e descendente dos monarchas de Aragão. Presume o conde de Rohan, com o muito sal do seu espirito, que Paulina corre risco de ser encabeçada na côrte descabeçada de Aragão. Eugenia accrescenta a estas observações que Paulina sairá do mosteiro, se a não deixarem sepultar na clausura.

Farei eu a proposta, mediante o conde de Rohan. Recuso o favor. Quem te diz a ti que o conde de Rohan deseja o casamento de sua cunhada comigo? Elle. Não creias. O conde de Rohan tem irmãos. Paulina é rica e formosa como Eugenia. Imponho-me o dever de não julgar ninguem pelos teus olhos. Tu és uma raridade, um excentrico, uma cousa com geitos de pessoa. Erras quantos juizos fazes.

O fidalgo colheu informações, que condisseram exactamente com as do secretario, mas muito por miudo. O conde era oriundo dos primeiros soberanos da Bretanha, condes de Porrhoit, viscondes de Rennes, por Alain I, quarto filho de Eudon, que vivia no seculo X. D'esta nobilissima stirpe procediam os duques de Rohan, com esta legenda no escudo: ROI NE PUIS, PRINCE NE DAIGNE, ROHAN JE SUIS.

Eu havia de fugir esta noite com o conde de Rohan respondeu Eugenia. Fujam ambas! tornou o secretario, mas onde está esse conde? Era hospede no hotel... Amo-o ha cinco annos... Vamos, vamos, Paulina... Eu indagarei onde está o conde disse Almeida Não se demorem. Alguns segundos depois, o estrepito da carruagem fazia tremer as vidraças do hotel.

A virtude, , é cousa tão contingente, que chega a não ser regra. Menina que foge, não perde aos olhos do seu raptor, nem o tribunal do mundo se entoga com gravidade de juiz para cousa tão futil. O conde de Rohan pensava muito em descobrir Eugenia, e pouquissimo nos brilhantes, quando o cavalheiro d'Almeida lhe foi apresentado pelo benevolo embaixador francez, amigo de ambos.

Desisto da tenção formada. Antes quero que o leitor discuta e abysme as senhoras que injuriaram o pobre moço, e acharam extrema graça e galhardia de animo no conde de Rohan. Entretanto, Paulina, ao despedir-se de Fernando, abraçou-o com exterioridades de muito affecto, e pediu-lhe que não chorasse, accrescentando: Tu podes contar sempre comigo, Fernando.

No jantar nupcial, ao qual assistiram titulares hespanhoes, e a diplomacia dos differentes estados, Bartholo de Briteiros, n'um brinde que propôz a seu genro, disse em remate do discurso: Eu morrerei feliz, se vir minha filha Paulina casada com um parente dos Rohan; e, se não puder ser tanto, que seja, e muito ainda será, um nobre da França ou das Hespanhas, a quem meu genro aperte a mão, sem receio de a retirar suja.

O secretario foi ao quarto de Bartholo entregar a outra porção de brilhantes, e continuar sua missão de conciliador e conselheiro. O fidalgo denotava boas intenções, em quanto ao conde de Rohan. De Fernando Gomes disse, á terceira pergunta, que havia de pensar no melhor modo de se realisarem os desejos de sua filha.

Diz bem... repetiu Bartholo de Briteiros, que, segundo minha opinião, percebeu levemente o interlocutor. Almeida foi apresentado ao conde de Rohan, que se envolvera na bandeira franceza, logo que houve noticia do descobrimento da projectada fuga.