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Cortam a immensa solidão das suas planicies arenosas, que se extendem para a margem do mar Vermelho, pouquissimos valles cultivados e montanhas cobertas de rochedos, que se vão tornando cada vez mais abruptas á medida que os viandantes se internam no paiz. As estradas são regueiras enxutas, que nas épocas das grandes chuvas se transformam em rios caudalosos.

Mas passadas as últimas casas, o silêncio condensava-se para toda a banda, numa grande pacificação de templo adormecido. Nem vivalma pela ladeira que levava ao rio, por um caminho em zig-zags. Fulgiam no céu azul-escuro cardumes prateados de estrelas. A toda a largura, a paisagem era torva e indecisa, imersa numa luz muito mortiça que nem era bem a da madrugada, nem era bem a da noite. No entanto a manhã era calma; nem rumores de brisa pela rama das azinheiras velhas que faziam guarda ao córrego por onde o rebanho tomara. Cigarras, grilos nas ervagens, rãs que coaxavam nas regueiras, era o mais que se ouvia acima do rumor brando dos chocalhos. Nem um balido de ovelha em todo o rebanho que se ia submissamente

Em volta da risonha morada, penduravam-se as vinhas pelas encostas das collinas até ás margens de um ribeiro, toldado de salgueiros e chorões que se torciam para beijarem a agua. Por entre as vinhas apparecia em malhas o verde mais fechado das hortas mettidas entre vallados de piteiras, em quanto ao lado sussurrava a levada correndo pelas regueiras.

A sua barba agreste! A dos seus barretes! Que espessos forros! N'uma das regueiras Acamam-se as japonas, os colletes: E elles descalçam com os picaretes, Que ferem lume sobre pederneiras. E n'esse rude mez, que não consente as flores, Fundêam, como a esquadra em fria paz, As arvores despidas. Sobrias côres! Mastros, enxarcias, vergas! Valladores Atiram terra com as largas pás.

Quando foste forçada ás bachanaes rasteiras, e a despir e a manchar as brancas vestes tuas, e a deixar teu amor na lama das regueiras, como os sedentos cães que vão beber nas ruas!

Sou o cumplice teu nas velhas sedições, e ambos temos as mãos de sangue maculadas de ter á nossa voz feito arrancar espadas, e gottejar na rua o sangue do plebeu! Aquelle sangue grita, ah! contra nós, ao ceu! Aquelle sangue brada e clama contra ti! Vejo sempre esse sangue, eu vejo-o sempre ali, jorrando aos borbotões, em grandes cachoeiras, inundando a calçada e a lama das regueiras!

Sobre cada flôr poisava um bicho, mosca, ou abelha, ou vespa, ou besoiro, ou moscardo, vindos não sei como, por feitiço, pois havia longos mezes que ninguem lhes punha a vista em cima; e não tarda que chegue a immensa corja alada, cigarras, gafanhotos, mariposas, mosquitos, tira-olhos, os pandigos do ar, todos bulicio, côres e vida!... Pelos corregos, pelas regueiras, ao longo das ruas e caminhos, surdiam pela vez primeira das tocas os sapos, rouquejando; e dois a dois, graves... mas não estou agora para contar-lhes o que faziam nas regueiras e nos corregos, os sapos, graves, dois a dois...

Sem embargo de haver no paiz abundante minerio de ouro, prata, cobre e estanho, os habitantes não sabiam proceder á extracção d'esses metaes, e aproveitavam-se unicamente d'aquelles, que as chuvas descobriam nas regueiras com a corrente das aguas.

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