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Para diminuir o espaço vazio das rosaceas do tympano das grandes janellas, collocavam-se redentes de cantaria seguros por circulos de ferro. Ás vezes, no seculo XIV, se substituiam as rosaceas do tympano por folhas de trêvo, ou compostas de quatro folhas, e tambem com outras combinações de figuras geometricas.

Os constructores dos seculos XIII e XIV, habituados a discorrer sobre todas as suas obras, facilmente comprehendiam que collocar um capitel nas columnas servindo de humbreiras, era ir ao encontro do principio fundamental da architectura ogival, que prescrevia desprezar todas as partes inuteis, todos os motivos de ornamentação que não resultassem d'uma necessidade de construcção. Effectivamente não parece sufficientemente justificada a necessidade d'este capitel, porque a parte superior da columna não serve de ponto de apoio a nenhum peso extraordinario, e tambem não serve de transição ás duas partes realmente distinctas, pois a moldura superior do capitel é em tudo semelhante á fórma do fuste da columna, porquanto o capitel apenas servia de ornato, sem outro fim verdadeiramente util. Tendo em vista o principio fundamental do estylo ogival e todas as consequencias logicas que elle encerra, os architectos da segunda metade do seculo XIV e do principio do XV não se detêem em reconsiderar, supprimem inteiramente o capitel e muitas vezes a propria columna, e dão a todas as humbreiras a mesma espessura. No fim do XIV seculo introduziram egualmente modificações importantes nos desenhos traçados pelas humbreiras dos tympanos das janellas. Os redentes que até aqui serviam para diminuir o espaço roto das grandes rosaceas foram primeiramente substituidos por combinações de figuras geometricas em que predominam as formas ogivaes com curvas compostas de duas em sentido oppostos e do feitio de chamma.

Nas construcções esmeradas e ricas, as humbreiras estão collocadas tanto no interior como no exterior, tendo uma columna com base e capitel, e o tympano da janella é ornado de redentes, com uma ou muitas vidraças compostas de tres, quatro, seis e algumas vezes oito vidros.

São cheias de bastante decoração e executadas com mais primor e delicadeza que nos seculos XIII e XIV. Os seus altos encostos compõem-se quasi sempre de baixo relevos dentro de arcaduras com redentes feitos delicadamente, e cada cadeira tem um docel em que um pinaculo vasado muito alto forma a extremidade.

Os colchetes são substituidos, no seculo XIV, por folhas de extraordinaria grandeza, que muitas vezes se designam ainda pelo nome de colchetes, redentes ou animaes phantasticos; nos seculos XV e XVI apparecem as folhas de repolho. Estes ornamentos pouco numerosos e muito espaçados no XIII seculo, multiplicam-se e approximam-se á medida que a arte ogival vae em decadencia.

Os remates que coroam muitas vezes as janellas dos grandes monumentos, são similhantes aos dos portaes, tendo do mesmo modo a fórma da empena e os seus lados inclinados têem colchetes, redentes ou folhas de repolho encrispadas. O vertice, que em geral termina em florão, penetra muitas vezes na balaustrada prolongando a altura do tecto e fazendo corpo com elle.

As janellas da primeira metade do seculo XV têem ainda ás vezes alguma analogia com as dos seculos precedentes. Não é raro encontrar-se nos tympanos grandes rosaceas com figuras curvas ou chammas em vez de redentes.

Os arcos dos portaes, das janellas e das empenas são, algumas vezes, ornados tambem interiormente, d'um appendice chamado redente; este ornato tambem ás vezes se encontra no intradorso das grandes arcadas, ligando as columnas que separam as naves das paredes lateraes das egrejas. Os redentes são recortes em fórma de dente ou de bicos, que guarnecem o intradorso d'um arco.

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