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O enviado do regedor das justiças bateu á porta da estalagem, e perguntou que passageiros pernoitavam alli. Dous almocreves, o recoveiro de Vianna, um passageiro do Porto, com sua mulher, e um criado. Abra a porta disse com a costumada intimativa o executor da lei. Abertas as portas, os meirinhos encaminharam-se para o quarto do passageiro. Augusto Leite ouvira as perguntas.

Nas ferias do Natal, o padre Barreiros foi buscal-o ao collegio, e enviou-o para a terra, muito recommendado a um almocreve, que passava perto da Tojeira. O pequeno não cabia em si de contente! Caminhava ao lado do recoveiro, revendo com immenso prazer os sitios por onde tinha passado mezes antes, quando viera para o collegio. Ia impaciente! A cada passo perguntava: Agora devemos estar perto?

Não te lembres de infidelidades do teu Calisto. O primo Gamboa é um patarata sem juizo, que te diz essas coisas para te disfructar. Quando vier o recoveiro de Miranda, manda-me presunto, salpicões, e algumas ancoretas do vinho da Ribeira. Teu muito affecto e extremoso Calisto.» *A mulher fatal* Ás tres horas em ponto, parou uma sege de praça, á porta de Calisto Eloy de Silos.

A casa do recoveiro Cancella ficava n'uma das mais estreitas ruas da aldeia e ao lado de um pequeno quintal, objecto dos cuidados e das diversões do proprietario, que alli gastava algumas horas disponiveis da sua occupada e laboriosa vida. Cancella era um verdadeiro Judeu errante da aldeia.

Deixou Ermelinda a dormir; não a quiz acordar; beijou-a na fronte desmaiada, abençoou-a e saiu. Comadre, disse ao passar por casa do P'reira ahi lhe deixo a pequena. Olhe-me por ella, que não está muito boa. com Deus disse uma voz de dentro. Era a sr.^a Catharina. O recoveiro partiu, silencioso e triste.

Era aos cuidados e vigilancia d'este par conjugal que o recoveiro Cancella confiava o seu mais precioso thesouro, a pequena Ermelinda, uma mimosa creança, que lhe ficára á sua viuvez tão cheia de saudades, e a quem elle mais queria do que á menina dos olhos. Ermelinda era afilhada da familia P'reira, e a mesma a quem ouvimos referir-se Angelo no fim da carta.

Chegou emfim á casa, onde dissemos morar o recoveiro Cancella e a sua filha Ermelinda. Era evidentemente aquelle o termo proposto por Angelo ao passeio matinal, porque retardou o passo á medida que se approximava, e parou á porta da casa. Achou-a fechada, mas não lhe causou isso embaraço.

E não sorriam os leitores a esta velleidade artistica do recoveiro; alli havia fundamentos para ella. O Cancella era o minerio de um tragico, deixem-me assim dizer. No meio de uma escoria de rusticidade continha abafado mineral de lei.

Vocemecê é que é o senhor João da Cruz? Para o servir. Venho aqui pagar-lhe uma divida. A mim? o senhor não me deve nada que eu saiba. Não sou eu que devo; é meu pae, e elle foi que me encarregou de lhe pagar. E quem é seu pae? Meu pae era um recoveiro de Garção, chamado Bento Machado.

Mas... não é bom falar na vida alheia. Como lhe ia contando, era almocreve; chamavam-me o Chupista. ¡Oh! que bolaxa que eu pespeguei na cara do coécas que me inventou a alcunha em certa venda! qualquer creança lhe moia os queixos; está onde o pague ¿Onde ia o ponto? ¡ah! sim; era almocreve e recoveiro; e andava com dez machos todo o anno a correr quanto valle e monte havia para cobrar o fôro aos Frades Cruzios.

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