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Ó meu amigo Mar, meu companheiro De infancia! dos meus tempos de collegio, Quando p'ra vir nadar como um poveiro Eu gazeava á lição do mestre-regio! Recordas-te de mim, do Anto trigueiro? Ó mar protege-o! Que tua mão oceanica me ajude, Leva-me sempre pelo bom caminho, Não me faltes nas horas de afflicção. Dá-me talento e paz, dá-me saude, Que um dia eu possa emfim, poeta velhinho!

E voltando-se a Paulina, disse-lhe: Lembras-te, filha?... Ha vinte e dois annos, feitos em cinco de janeiro, que tu apeaste n'este mesmo sitio... Foi aqui... Minha mãe e eu levámos-te em braços para aquella pobre salinha dos meus livros. Recordas-te, Paulina? A senhora, com os olhos turvos de lagrimas, apertou a mão do marido, que lh'a beijou sem pejo de seus filhos.

E que bellos momentos nós tivemos na vida meu querido Maximo! Recordas-te de quando tu me esperavas ao terminar as tuas lições da Sorbonne e do Collegio de França, quando iamos passear de braço dado, sob as sombras de Luxemburgo, quando trocavamos ainda timidas palavras de amôr, quando tu apenas ousavas apertar-me a mão?

Basta sobre esse assumpto; passemos ao outro, recordas-te bem de todas as circumstancias? Se me lembro, meu senhor! Uma especie de lucta apoderára-se do meu coração, vedava-me o somno, sentia-me peior que um facinora acorrentado!

E tu que mais almejas? Tens sol, astros e ninhos Tens tudo o que desejas... Luz, grãos, pelos caminhos! Ó triste ambicionar! Ó santo e vão delirio! Talvez, ó filha do Ar Quizesses ser um lyrio! Calma silentia lunae. Recordas-te essa noute, ó bella desgostosa! Que nós andámos sós e tristes divagando, Entre as folhas e o vento, o vento leve e brando. Aos lividos clarões da lua silenciosa?!...

« Que é isto, minha louquinha? quem é que falla em morrer?! viste um espinho na vida e te cança o viver! Nas tuas suppostas dôres recordas-te os amores, mas esqueceste teu pai!... Margarida, és muito ingrata!... queres matal-o?... pois mata! vae pedir a morte, vae! «Ao pobre e cançado velho que vive do teu carinho, em vez de beijos e abraços, crava-lhe n'alma um espinho!

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