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Arthur Levy lhe consagra laboriosamente. Napoleão antes queria, de certo, esse retrato ás vezes de um crú realismo de toques, que Taine lhe consagrou, do que o monotono panegyrico d'este seu incommodo admirador. Aquelle que eu fui ver aos Invalidos é talvez o Napoleão de Taine, o do Sr. Levy, oh! esse é que affirmo com a infallibilidade da minha intuição de mulher, que não é de modo algum.

Notarei, de passagem, que n'esta subdivisão, João Penha parece ir mais longe do que Emilio Zola, o qual envolve na mesma formula o naturalismo e o realismo. O famoso auctor do Roman expérimental adoptou como formula generica o naturalismo, que é velho, porque data de Homero, e que define: «o regresso á natureza e ao homem, a observação directa, a anatomia exacta

As catedrais medievas são verdadeiros museus de inconveniencias lavradas em granito. Nenhum acto, por mais intimo, da vida de cada um se exime a figurar nelas com um realismo familiar aos compendios de fisiologia .

E o quadro magistral feito a duas pinceladas rapidas da Côrte de D. Fernando, ai de nós! tão parecida com a sociedade de hoje que não sei mesmo dizer se não foi ella que serviu de modelo ao artista para chegar a conseguir taes effeitos de realismo brutal e de frisante e juvenalesca ironia! Não farei comparações sempre inexactas entre Oliveira Martins e outros escriptores que o precederam.

encontrei tambem o Castanheiro... Enthusiasmado com o teu Romance. Parece que nem no Herculano, nem no Rebello existe nada tão forte, como reconstrucção historica. O Castanheiro prefere mesmo o teu realismo epico ao do Flaubert, na Salammbô. Emfim, enthusiasmado! E nós, está claro, ardendo por que appareça a sublime obra.

Era com esse sombrio feito do seu vago avoengo que Gonçalo Mendes Ramires decidira em Coimbra, quando os camaradas da *Patria* e das ceias o acclamavam «o nosso Walter Scott», compôr um Romance moderno, d'um realismo épico, em dous robustos volumes, formando um estudo ricamente colorido da Meia-Edade Portugueza... E agora lhe servia, e com deliciosa facilidade, para essa Novella curta e sobria, de trinta paginas, que convinha aos *Annaes*.

Como o mais inculto, mal conhecia essa sombra quasi apagada pela obsessão do realismo e pela torrente de realidades que haviam dominado os espíritos e edificado os impérios do nosso tempo, alvoroçando o assombro da nossa imaginação e inflamando-nos traiçoeiras vaidades. Revolucionário, poeta e sonhador, incarnação de idealismos que haviam ganhado fama de estéreis e perigosos, e a negação daquela espécie de homem prático em que a sordidez se converteu em suprema virtude, Mazzini jazia no manso olvido e proscrição a que uma época toda enlevada e confiada na ordem, na sciência, na razão e no positivismo havia votado a legião inquieta dos descontentes, crentes e videntes, pensadores rebeldes e apóstolos intemeratos,

como romancista, o seu intento de dar o verdadeiro realismo lhe inspira uma arte superior na comunicabilidade, uma fórma sempre transparente e, comtudo, original. Os seus romances, depois dos de Julio Dinís e alguns de Camilo, são os mais perfeitamente portuguêses da nossa literatura de ha 60 ânos. Não são muito lidos. Nem por isso deixam de ser modelares.

E o realismo, reduzido ás condições de escola isto é de convenção por que debaixo d'uma , rhectorica, apparencia d'analyse, de critica e de experiencia, revela o sordido e o obsceno, ou cae como o satanismo na preoccupação do Mal em tudo, e a descrevel-o o que é mais desagradavel ainda.

As flores não cantes... Canta sómente as brancas, a côr da pureza: com isso não espancas o realismo puro, embora as côres quentes tenham mais procura e sejam as mais decentes, por serem mais sadias á face da sciencia não que as brancas sejam alguma indecencia. Não cantes os lirios: isso é velharia; tens o roxo das chagas que está mais em dia.

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