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Taes foram os portuguezes nos dias em que o mundo quasi que não estava senão meio e mal conhecido. A Portugal devemos não um Gama, porém, não menos, um Colombo, sem o qual o magestoso imperio d'aquella em cujo dominio nunca se esconde o sol, não fôra acaso senão um sonho, em vez de uma realidade.

Eu?... mas... Pode dizer que não. E comtudo o primo Henrique não mente. Ha d'aquellas doenças na cidade, ha; mas na aldeia são tão raras, que eu mesma as estranho , eu que as vi em outro tempo... Então não crê na realidade d'ellas.

Em primeiro logar insistira em conservar as calças que Infandós lhe obtivera; e um cavalheiro baixote e gordote, de monoculo, suissa d'um lado e a cara rapada do outro, com uma cóta de malha de ferro mettida para dentro das pantalonas, grande lança e chapéo côco, offerece na realidade um espectaculo mais estranho que imponente.

Tudo quanto é, é racional, disse Hegel. Pretender amputar a razão é pretender amputar a realidade.

O que pratico sobre a terra é indifferente ou vae repercutir-se algures? Isto é lodo ou fogo, apparencia ou temerosa realidade? E o escarneo e a agua a nascer fulgindo d'entre a terra, o amor, a nuvem que passa, o vento? Tudo isto é um turbilhão d'almas e de pedras, d'arvores e de sonho, sem fito, ou esta levada esplendida caminha para um fim de belleza?

Envolto na mortalha regelada Do pensar perdão! foste olvidada... Flor do sentir e crêr e amar... bem vinda! A vida! como a sinto, ardente, immensa! Não unica! tomando a immensidade! Livre! perante Deus surgindo forte! Que amor! que luz! que pira vasta, intensa! Plenitude! harmonia! realidade! Mas melhor que tudo isto é sempre a morte!

Resurgiram n'aquella alma esperanças, que não deviam durar além do tempo necessario para que a desillusão lhe acrisolasse o infortunio. Imaginara ella a liberdade, o perdão, o casamento, a ventura, a corôa do seu martyrio. As suas amigas matizavam-lhe a tela da fantasia, umas porque não conheciam a atroz realidade das coisas, outras porque fiavam em demasia nas orações das virtuosas do mosteiro.

D'esta harmonia entre a lei moral, que então não existia senão rudimentar, e a realidade physica, vem a sua immensa felicidade e o encanto incomparavel da sua civilisação. Para o christianismo, pelo contrario, o corpo é o involucro, amaldiçoado as mais das vezes, de paixões condemnaveis, de instinctos que é necessario a todo o custo dominar, subjugar, vencer.

Magdalena, ao ver a cruel realidade das suas suspeitas, resolveu esmagar nos seios d'alma aquelle affecto que lhe era vida, e dirigindo-se a casa de Martha, exigir da sua amizade a revelação de todos os segredos.

Isto que ha um seculo pareceria um sonho phantastico, e ha meio seculo uma utopia de visionarios, é hoje uma realidade.