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Eugenio, de cada vez mais possuido do vivo desejo de mover a loura a emprestar-lhe dinheiro, continuou: Juro-te, Leonor, que estou innocente! Este rapto não foi obra minha. Eu podia pensar em tudo, menos em raptar essa rapariga, que é filha de um homem rico e incapaz de transigir com tal violencia offensiva da sua honra e do seu bom nome...

Mãe! a oleografia está a entornar o amarello do Deserto por cima da minha vida. O amarello do Deserto é mais comprido do que um dia todo! Mãe! eu queria ser o arabe! Eu queria raptar a menina loira! Eu queria saber raptar. Dá-me um cavallo, mãe! Até á palmeira verde esmeralda! E o anel?! A minha cabeça amollece ao sol sobre a areia movediça do Deserto!

Castigar o miseravel pae que assim malbarata a honra da propria filha n'um trafico infame, aproveitando-me das circumstancias por elle preparadas, para lh'a raptar eu. Tu?! E porque não? Se ella me ama e eu a adoro e a quero para minha mulher, heide deixar que m'a roubem e levantem entre mim e ella uma barreira impossivel de transpor a barreira da deshonra?

Isto são negocios muito serios e eu não gosto d'essas brincadeiras! Que diabo! mas se lhe estou dizendo que não brinco... Você mandou-me um recado, prevenindo-me de que não fosse, que o rapto não podia effectuar-se como se havia combinado... Como queria que eu, depois d'isto, fosse raptar a pequena? Com os diabos! berrou o procurador, desesperado. Mas eu vi!

Este ultraje revoltára o solar de Bayão que se honrava em Lopo, apezar de bastardo, pelo lustre da sua bravura e graça galante. E então Lopo ferido doridamente no seu coração, mais furiosamente no seu orgulho, para fartar o esfaimado desejo, para infamar o claro nome dos Ramires tentou raptar D. Violante. Era na primavera, com todas as veigas do Mondego verdes.

Então a você não lhe basta raptar a rapariga e negar, para se safar com ella e casarem-se occultamente em sitio que eu não saiba, para me não darem nada, senão ainda por cima quer que eu lhe dinheiro, a titulo de indemnisação? Diz que gastou mundos e fundos! E de quem era esse dinheiro, não faz favor de me dizer? A conta está alli, e o preto no branco falla como gente!

Mas que coisa! que coisa! dizia a mulher do procurador, simulando a maior consternação. Ainda não estou em mim! Ai, meu Deus! accrescentava a cunhada Em que perigo nós nos mettemos! Olhem se aquelles malditos se lembravam de me raptar tambem a mim! Á senhora?! disse inconvenientemente o Custodio, com um sorriso escarninho.

Então ahi, sereno e imperturbavel, Eugenio, pondo-lhe a mão vigorosa sobre o hombro, disse: Amigo Belchior, você escolheu mau parceiro para a sua bisca, porque eu não tenho que perder, e posso ganhar... Tome bem conta no que lhe digo: eu não sou homem de quem se escarneça impunemente. Você fez raptar a rapariga por outro... Por ella, pouco me importa, porque eu não tinha empenho na mulher. Mas pelo dote, faz-me differença e eu não posso perder. Tenho, pois, direito a uma indemnisação e ou você m'a ou lhe mando a vida para o inferno.

Um dia, porém, suas graças fascinaram o escrivão de um dos vapores da linha: deixou-se a rapariga raptar, em triste madrugada de chuva. Por um momento, resignou-se a neta da cabocla de Ourém; todavia, foi curta a passiva submissão. Lembrou-se dos mimos perdidos, no carinhoso lar da avó e fugiu da casa do embarcadiço, disposta a voltar para junto da velhinha.

Eu não sou homem de duas caras nem digo uma coisa por outra... O que eu disse é que ficava por minha conta obrigal-o a casar com a pequena depois d'elle a raptar. Mas para isso é preciso que você me ajude e puxe certo... Eu estou prompto! volveu o Custodio Diga você como quer que puxe...

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