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Ha elmos, troféus, mortalhas, Emanações fugidias, Referencias, nostalgias, Ruinas de melodias, Vertigens, erros e falhas. Ha vislumbres de não-ser, Rangem, de vago, neblinas; Fulcram-se poços e minas, Meandros, pauis, ravinas Que não ouso percorrer... Ha vácuos, ha bolhas d'ar, Perfumes de longes ilhas, Amarras, lemes e quilhas Tantas, tantas maravilhas Que se não podem sonhar!...

Nem os cães, de occupados, lhe latírão! E, magros e famélicos rosnando, Os sob a muralha dar-se ao bôdo De sangrentos cadaveres e ossadas: Ei-los que estão da pelle despojando Nest'hora um craneo Tartaro, bem como Nós despojamos o recente figo; E alvejantes lhes rangem os colmilhos Sobre a caveira que inda mais alveja, E que dos queixos lhes resvala, quando Embotados os deixa o roer crebro; Mas vão moendo de vagar os ossos, Se um acaso permitte que não achem Sobre aquelle torrão melhor sustento.

A ascensão pela tortuosa escada, cujos degraus, cheios de caruncho, rangem sob os nossos pés, quasi constitue um heroismo; heroismo é quasi supportar o vapor que exhalam, impregnado de emanações mephiticas de toda a especie, desde a dos exgottos até áquella que infelizmente symbolisa a pobreza.

Misturam-se alli os ossos dos que foram grandes na terra com os dos que reputamos grandes no céu; e uns e outros são como testemunhas que tornam mais solemne o culto, esse laço que liga ao céu a terra. Mas as portas do edificio sagrado rangem nos quicios de ferro, para se abrirem de par em par. Ondas de povo vão precipitar-se pelo estreito ádito e espraiar-se até juncto do altar.

Rainhas amorosas adiantam-se nos seus vestidos recamados de pedras; o noivo vem-lhe ao encontro, com a cabeça coberta de faxas de linho puro, arrastando pelas pontas um cordeiro branco; os levitas batem em discos de prata, gritam o nome de Deus; abrem-se as portas de ferro da cidade para deixar passar a caravana que leva os bem esposados; e as arcas de sandalo onde vão os thesouros do dote rangem, amarradas com cordas de purpura, sobre o dorso dos camêlos!

Levantam-se tempestades inexcediveis, rangem nas proprias raizes os arbustos, que uma temperatura, milagrosa para a vida humana, permitte e consente que sobrevivam a uma lucta constante; fogem espavoridos os ferozes animaes, que o Creador concedeu áquelles climas, e o homem, ainda que afeito a esta existencia inexplicavel, busca em cavernas, cavadas no proprio gelo, um refugio, um abrigo contra estas tormentas, em que a terra parece agonisar.

Estes estão mortos tambem, de alguma maneira; mas é de mais, e é pouco! Se aquelles braços que se agitam, se aquellas vozes que estrugem, se aquelles dentes que rangem são a materia que é da alma?... Á saida, o jardim é triste, triste; e os pingos de chuva, que ficam nas pétalas das flores, brilham que parecem lagrimas.

Reso de joelhos vendo a tarde triste, Pintada a sangue, em longes de pinhaes... Vendo imagens de estrela em charcos de agua, O oiro caido ao chão das arvores outomnaes E as nevoas, frias tunicas de magua, Vestindo outeiros nus... Vendo o fumo de rusticas lareiras, Onde ha velhas fiando em negras preguiceiras O livido lençol que as ha de amortalhar, E rezam n'uma voz de sombra: amen Jesus... E ficam-se a scismar... fóra, ouve-se uivar phantastica alcateia E andam Bruxas a rir... Rangem velhinhas portas, Treme a luz da candeia, A cinza sobe no ar, as brazas mortas Começam a luzir...

Oh! como deverá ser bom e suave, na ultima estação da vida, quando os rheumatismos rangem nas frias articulações da nossa velha ossada, embrulharmo-nos tremulos na purpura real, no alto do nosso throno, tendo aos nossos pés os nossos vassallos inclinados e a nossa cova aberta, fitar serenamente no espaço a branca apparição d'aquella que amamos no mundo e que nos espera entre as estrellas nas esfumadas sombras do crepusculo, e podermos então exclamar em nossa consciencia: «Sim, ella morreu ... mas abençoado sejas tu, nas alturas infinitas, ó Deus meu e dos meus exercitos, pois quizestes permittir que aquelle objecto que lhe pertenceu e que ella tinha occulto por detraz de uma cortina no seu quarto de lavatorio fosse venturosamente arrematado por trez mil e seiscentos

O tecto fundo de oxygenio, d'ar, Estende-se ao comprido, ao meio das trapeiras; Vem lagrimas de luz dos astros com olheiras, Enleva-me a chimera azul de transmigrar. Por baixo, que portões! Que arruamentos! Um parafuso cáe nas lages, ás escuras: Collocam-se taipaes, rangem as fechaduras, E os olhos d'um caleche espantam-me, sangrentos.

Palavra Do Dia

stuart

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