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Hum vaso dourado tras de gram valia, De muy ricos esmaltes esmaltado, Que ser cousa de Rey bem parecia, Segundo era rico, e bem obrado Cantando vem a Moura em Aravia; O tal cantar Ramiro ha notado, Damor era seu canto muy sobido, Porque se aqueyxava de Cupido.

Alli sauda a Moura o bom andante, Ao seu modo em sua Aravia, Ramiro lhe responde em consoante, De Arabigo que bem o entendia, A Moura que o ve feito hum brivante, Posto que de nenhum modo o conhecia, Sospeyta por o ver tam bem criado Ser homem que seus trajos ha mudado.

Deixemos a Ramiro por agora, Sobre seu mal soltar mil desatinos, Chore seu mal que com rezão o chora, mil ays, suspiros muy continos, Até que Deos lhe traga aquella ora, Na qual, nem Mouros velhos, nem meninos Fiquem mais povoando aquella terra, E morra Almançor naquella guerra.

Por mãos deste Ramiro animoso, No que se satisfez de sua afronta, E lhe valeo em isso o ser manhoso, Segundo a historia o aponta, Que nam bastava ser Rey valoroso, Que força sem saber muy pouco monta, E os ardis he cousa muy notoria, Que sam causa urgente de victoria.

Alli Ramiro então lhe respondia, Algum ora foy ella nomeada, Antre Christãos, e antre a berberia Tambem em essa Veyga de Granada, Onde morreo muy gram cavallaria, E se perdeo a tua cavalgada, Agora, eu não venho a conquistarte, Porque venho de paz, e d'esta arte.

Donde este Almançor tempo esperando, A molher a Ramiro ha furtado, No qual se foy emfim muy bem vingado, Ou estava no furto melhorado, De Gaya Almançor ficou gozando, E com ella ficou como casado, Assi que um peccado outro chama, E fazem na maldade calo, e cama.

Veis na praça do castello, Toda moirama a ajunctar; Em no meio da turba Ramiro se foi alçar. Tange que lhe tangerás, Toca rijo a bom tocar; Por muitas leguas á roda Reboava o bozinar. Se o ouvirão nas galés Que deixou a beira-mar? De-certo ouviram, que um grito Tremendo se ouve soar... «Sanctiago!.. Cerra, cerra! Sanctiago, e a matarAbertas estão as portas Da torre de par em par;

O livro, que ha de ser a affirmação da honrada consciencia que nunca, desde a primeira mocidade, apostatou da religião do berço, é dedicado a uma formosa criança, Ramiro Soares de Oliveira da Silva Coutinho, filho do snr. visconde de Ouguella.

Em isto o bom Ramiro lhe contava A treyção que esta Gaya lhe urdira, Do que toda a gente se espantava, E como de seus laços se espedira, Que proposto

Tua Gaya comigo, esta senhora, De ti Ramiro est

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