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Lopo de Bayão, cuja belleza loura de fidalgo godo era tão celebrada por toda a terra d'Entre Minho-e-Douro que lhe chamavam o Claro-Sol, amára arrebatadamente D. Violante, a filha mais nova de Tructesindo Ramires.

Do cinturão tauxeado de prata pendia a um lado o punhal recurvo, a bozina de marfim ao outro uma espada gôda, de folha larga, com alto punho dourado onde scintillava uma pedra rara trazida outr'ora da Palestina por Gutierres Ramires, o d'Ultramar.

Em Aljubarrota, Diogo Ramires o Trovador desbarata um troço de bésteiros, mata o Adiantado-mór de Galliza, e por elle, não por outro, cahe derribado o pendão real de Castella, em que ao fim da lide seu irmão d'armas, D. Antão d'Almada, se embrulhou para o levar, dançando e cantando, ao Mestre d'Aviz.

E o Poemeto cantava, com romantico garbo, um lance de altivez feudal em que se sublimára Tructesindo Ramires, Alferes-mór de Sancho I, durante as contendas de Affonso II e das senhoras Infantas. Esse volume do *Bardo*, encadernado em marroquim, com o brazão dos Ramires, o açor negro em campo escarlate, ficára no Archivo da Casa como um trecho da Chronica heroica dos Ramires.

D. Guiomar encheu tres paginas da *Patria*. N'esse Domingo, para celebrar a sua entrada na Litteratura, Gonçalo Mendes Ramires pagou aos camaradas do Cenaculo e a outros amigos uma ceia onde foi acclamado, logo depois do frango com ervilhas, quando os moços do Camolino, esbaforidos, renovavam as garrafas de Collares, como «o nosso Walter ScottElle, de resto, annunciára com simplicidade um Romance em dois volumes, fundado nos annaes da sua Casa, n'um rude feito de sublime orgulho de Tructesindo Mendes Ramires, o amigo e Alferes-mór de D. Sancho I. Por temperamento, por aquelle saber especial de trajes e alfaias que revelára na D. Guiomar, até pela antiguidade da sua linhagem, Gonçalinho parecia gloriosamente votado a restaurar em Portugal o Romance Historico.

O mocetão parára, encostado á espingarda, sob a janella onde a rapariga morena se debruçava entre os dous vasos de cravos. E assim encostado, depois de rir para a moça, acenou ao Fidalgo, n'um desafio largo, com a cabeça alta, a borla do barrete toda espetada como uma crista flammante. Gonçalo Mendes Ramires metteu a galope pelo copado caminho d'alamos que acompanha o riacho das Donas.

Era como a sensação sublime de galopar pelas alturas, n'um corcel de lenda, crescido magnificamente, roçando as nuvens lustrosas... E por baixo, nas cidades, os homens reconheciam n'elle um verdadeiro Ramires, dos antigos na Historia, dos que derrubavam torres, dos que mudavam a configuração dos Reinos, e erguiam esse maravilhado murmurio que é o sulco dos fortes passando! Com razão! com razão!

Mais antigo na Hespanha que o Condado Portucalense, rijamente, como elle, crescera e se afamára o Solar de Santa Ireneia resistente como elle ás fortunas e aos tempos. E depois, em cada lance forte da Historia de Portugal, sempre um Mendes Ramires avultou grandiosamente pelo heroismo, pela lealdade, pelos nobres espiritos.

No prologo do Ultimo carrasco, no recamado estylo com que todos os seus escriptos se opulentam, o snr. visconde de Ouguella detem-se na antiga idéa de abolição da pena de morte. Entre os mais energicos apostolos d'essa humanissima missão, está Carlos Ramires Coutinho, desde que passou dos bancos da universidade para a tribuna forense.

Formosos tratos presenceou de certo em tão longo lidar d'armas!... E como goza! tão attento! tão maravilhado! Na encosta do outeiro, junto do seu balsão, que o Alferes cravára entre duas pedras, e como elle tão quêdo, o velho Ramires não despregava os olhos do corpo do Bastardo, com deleite bravio, n'um fulgor sombrio. Nunca elle esperára vingança tão magnifica!

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