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Este ultraje revoltára o solar de Bayão que se honrava em Lopo, apezar de bastardo, pelo lustre da sua bravura e graça galante. E então Lopo ferido doridamente no seu coração, mais furiosamente no seu orgulho, para fartar o esfaimado desejo, para infamar o claro nome dos Ramires tentou raptar D. Violante. Era na primavera, com todas as veigas do Mondego verdes.

Depois por tristes ermos, sob tristes silencios, chegára a uma lagôa ennevoada. E á beira da agoa limosa, entre os canaviaes, um homem monstruoso, pelludo como uma féra, agachado no lodo, partia a rijos golpes, com um machado de pedra, postas de carne humana. Era um Ramires. No ceu cinzento voava o Açor negro.

Na ideia pois d'Oliveira, e sob a inspiração das Louzadas fôra elle, elle, Gonçalo Mendes Ramires, que arrancára o Cavalleiro á sua Repartição, o conduzira serviçalmente ao Largo d'El-Rei, lhe escancarára as portas do Palacete até ahi rondadas e miradas sem proveito, e com sereno descaro alcovitára os amores da irmã!

E agora acolá, detraz do olival, concluiu Sanches Lucena com respeito, é sitio seu, Sr. Gonçalo Mendes Ramires... Meu?...

Pedro Ramires, Provedor e Feitor-mór das Alfandegas, ganha fama em todo o Reino pela sua obesidade, a sua chalaça, as suas proezas de glutão no Paço da Bemposta com o arcebispo de Thessalonica.

Depois acabou o charuto sob as acacias do Terreiro da Louça, pensando na sua Novella abandonada na Torre durante essas semanas, e no lance famoso do Capitulo II que o tentava e que o assustava o encontro de Lourenço Ramires com Lopo de Bayão, o Bastardo, no valle fatal de Cantapedra.

Que Ramires jazeriam n'esses cofres de granito, a que o tempo raspára as inscripções e as datas, para que n'ellas toda a Historia se sumisse, e mais escuramente se volvessem em leve sem nome aquelles homens de orgulho e de força?... Depois na ponta do claustro era o tumulo aberto, e ao lado, derrubada em dous pedaços, a tampa que o esqueleto de Lopo Ramires arrombára para correr ás Navas de Tolosa e bater os cinco Reis mouros.

Eram quasi seis horas quando desceu á sala, ligeiro e resplandecente. Gracinha martellava o piano, estudando o Fado dos Ramires. Estou a trabalhar desde as duas horas! exclamou logo Gonçalo, escancarando a janella. Fiquei derreado. Mas, louvado seja Deus, fiz obra de Justiça... D'esta vez o Snr. André Cavalleiro vae abaixo do seu cavallo!

Real, Real por Portugal!» O velho Egas Ramires, fechado na sua Torre, com a levadiça erguida, as barbacans erriçadas de frecheiros, nega acolhida a El-Rei D. Fernando e Leonor Telles que corriam o Norte em folgares e caçadas para que a presença da adultera não macule a pureza extreme do seu solar!

O sorriso de Gonçalo de novo lampejou, alegre e acolhedor, como sempre que D. Maria se empurrava com desesperada gula para dentro da Casa de Ramires. E gracejou, affavelmente. Oh, antepassados... Simples punhados de cinsa !