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O futuro biographo de Ramalho Ortigão terá, no entanto, de responder a algumas perguntas indispensaveis respostas para o integro conhecimento do espirito d'este illustre morto que não deixarão de levantar-se-lhe ao compulsar a sua obra de escriptor e de homem.

«O que disestes a Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz, sobre as Farpas, etc.?»

Ramalho Ortigão foi bem e em verdade um preclaro representante da sua epocha mental; Vós, seus socios de Escóla e companheiros das veladas celebres, no aristocratico Braganza e na democratica Perna-de-Pau, ao lerdes este escripto, regressareis momentaneamente a essa affastada quadra, em que o espirito esfusiou na troca de pontos-de-vista sobre as questões mais variadas e mais complexas que commoviam, então, a humanidade pensante.

Ninguem estava no caso de apreciar e de sentir melhor a arte hollandeza, essa arte que teve, como nenhuma, a perfeição do detalhe na harmonia do conjuncto, a nota exacta na comprehensão larga, do que Ramalho Ortigão, o escriptor que, no seu processo, realisa tão adoravelmente a formula naturalista d'essa inspirativa e grande escola, ante a qual os modernos se sentem ultrapassados e excedidos.

Dividamos os restantes em dois grupos. No primeiro o dos poetas e phantasistas collocaremos Anthero, Junqueiro, Camillo, Theophilo; no segundo o dos propriamente criticos Oliveira Martins, Eça, Ramalho, Fialho. Propositadamente, colloquei o Snr. Dr.

Estou d'aqui a ouvir estrondosamente saltar, da bocca de cada um dos leitores, um argumento decisivo e pesado como cylindro de granito sobre a miseranda pedra-britada de pareceres tão contradictorios, o qual vem a ser que entre 1883 a 1908 decorre um quarto de seculo e que Ramalho mudou de ideias, tendo-se feito cortezão. Puro engano! Volvamos a 1883.

Que diz V. a estas coisas consideraveis, meu bom Ramalho? Eu digo que, em resumo, este nosso Mundo é perfeito e não ha nos espaços outro mais bem organisado. Porque note V. como, ao fim d'este domingo de maio, todas estas tres excellentes creaturas, com uma simples jornada a Versalhes, obtiveram um ganho positivo na vida.

Quando Portugal emergia das trevas da meia-idade, em 1873, e a via-ferrea de Portugal era roupa de francezes, o scintillante escriptor Ramalho Ortigão enviou aos snrs.

Ao acaso do tempo ficara, unicamente, Ramalho velho, surdo a louvores como a insultos, fechado na sua cella de valetudinario, em Lisboa, de facto uma especie de santo de nicho do bairro alto, a quem , a bem dizer, ninguem recorria, de cujos milagres ninguem mais queria saber... Bordallo morrera, providencialmente, antes do bôdo. Alem de que, quem se atreveria a continuar-lhe a obra?

Ramalho Ortigão deixa entrever tudo isto sem o accentuar demasiadamente, limitando-se a fazer-nos entrar com elle em dois ou tres interiores que se lhe franquearam, e que elle pôde observar com a sua poderosa faculdade critica.

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