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Colleante, os braços nús, humedecendo os labios sêccos da febre em que toda ella ardia, mergulhou nos seus olhos castanhos os seus grandes olhos negros, e foi como se aquellas almas se fundissem, enlaçados aquelles corpos no contacto mais affectuoso e mais intimo. Não teriam ouvido o ramalhar das folhas, ainda que por alli tivesse passado algum cyclone devastador, tudo arrasando no seu caminho...

Á saudade me acodem as delicias de jazer sobre feno, peito e collo descobertos, ao phantasioso ramalhar da nogueira velha, quando importunas obrigações me veem ripar e consumir as semanas a dia e dia, os dias a hora e hora, as horas a minuto e minuto.

Tudo recahiu em silencio; apenas se ouvia um leve ramalhar das arvores, denunciando a passagem d'uma briza ligeira, a quéda de algum ramo sêco desprendendo-se da arvore, o pio timido de algum passaro escondido, e, um pouco mais distante, o rumor monotono e confuso das fontes e cascatas.

No mosteiro vai fundo o silencio; Um silencio que gera terror; nos tectos, que banha o luar, Sólta o mocho seu pio de horror: o vento que gyra nos pateos, E se engolfa na escada ogival, Ramalhar vem nas folhas dos ulmos, Que ladeiam normando portal. Meia noite. E na crasta deserta Não reboam os ecchos do sino, Que, vagando, murmuram nas cellas: São as horas do officio divinoMeia noite!

O auctor da Primavera embalado no berço pelos murmurios do Tibre, pelas cataractas d'Albano e de Tibur, pelo manso susurrar da fonte do Pausilippo, pelas ondas doiradas do oceano que se quebram mansamente junto do cabo Sunium, pelo melodioso ramalhar dos pinheiraes do Ida, agitados pelas brisas tepidas do Oriente, por todas essas harmonias reflectidas nos versos de Ovidio e de Virgilio, de Mochus e de Hesiodo, pantheista e pagão, entregue todo ás saudades do passado, não crê nas aspirações do tempo presente.

Os sonhos cheios de encanto e melancolia, por tão longos tempos embalados pelo incessante murmurio do mar bretão e pelo ciciar das florestas druidicas; o carinho da natureza pelo homem, traduzido n'essas lendas piedosas em que os animaes falam, os passaros veem fazer ninhos na mão dos santos, e a voz das fadas se mistura com o ramalhar das arvores e o murmurar das aguas: esse vaporoso e encantador botão da alma celtica, porventura desabrochava no espirito nacional portuguez, quando a conclusão das guerras da independencia assim o ordenou.

Subitamente a chuva fustigou as vidraças: o primeiro bofar do vento fez ramalhar as arvores meias calvas; e senti-o que se abysmava debaixo das arcarias de pedra. Por momentos imaginei que uma especie de demonio familiar me batia á porta. Dir-se-hia que viera assentado no dorso eriçado do tufão.

E pouco a pouco comecei a sentir de novo, junto de mim, o murmurio fresco do regato que corria, o ramalhar da verdura, pios d'aves, e toda uma sensação de paz, de sombra, de abundancia, que me fazia sorrir sósinho n'um immenso contentamento... Ao mesmo tempo tinha a certeza do deserto e da aridez que me envolvia. Creio na verdade que delirei!

Esperaram-no até a noite; esperaram-no uma semana, um mez, um anno, e não o viam voltar. O pobre Brearte correu por muito tempo a serra; mas o sitio em que o cavalleiro jazia, isso é que não havia chegar. Inigo acordou alta noite: tinha dormido algumas horas; ao menos elle assim o cria. Olhou para o céu, viu estrellas: apalpou ao redor, achou terra: escutou, ouviu ramalhar as arvores.

A fogueira crepita no meio do bosque sagrado, e o ramalhar das folhas, cortando o silencio augusto d'uma noite de luar, é como a prece erguida aos céus por milhares de labios virginaes. Morrer, dormir!... Em volta ha uma turba alegre, como se alli fosse realizar-se um ágape festivo, os esponsaes d'uma nobre castellã com o pagem dos seus sonhos, reluzente de pedrarias, esplendido de mocidade.