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O homem que passara perto d'elles era o barão de Quérelles, que, por seu turno, acabara de chegar a Paris, com a firme rezolução de vigiar a marqueza. Como seguia preoccupado e muito rapidamente, o barão nem mesmo reconheceu Ronquerolle, mas fôra reconhecido por este e por madame de la Tournelle.

De que valem os discursos contra a villanagem? dizia elle. Não são phrases que é preciso lançar-lhes ao rosto, o que é preciso é cuspir-lhes na cara. M.me William reconheceu a necessidade de realizar uma larga entrevista com o barão de Quérelles.

A repugnancia d'artista que a futura marqueza sentira pela antistetica personagem que era «Quérelles» contribuira immenso para o triumpho do marquez. Ah! dissera Domingos de Quérelles, M.elle de Champeautey quer desposar um pateta? Pois bem, que o faça, que d'isso se arrependerá.

Emfim, terá fallado sem calculo algum e o «rendez-vous» que lhe marcou, na sua coindencia com a reunião de Saint-Martin, não passaria d'um acaso que por vezes tanto nas grandes como nas pequenas coisas, se torna um obstaculo ás vontades do homem? Ronquerolle não sabia que pensar. O barão de Quérelles

A intelligente marqueza tinha calculado bem, redigindo ella mesma o artigo contra o barão, para excitar a sua colera e para o fazer sair da sua reserva. Ficou louca d'alegria e louca d'amôr quando soube da resolução de «des Quérelles». Era o bom exito da lucta de Maximo assegurado. Ó meu querido amante, dizia ella, sou eu que te abro o caminho da fortuna e da gloria. Serás tu fiel, ao menos?

Um facto que preocupava extraordinariamente o publico era o silencio subito do barão «de Quérelles». No principio da campanha eleitoral, viram-no lançar-se abertamente na lucta e tomar o partido, senão, por Ronquerolle, ao menos contra o marquez «de la Tournelle»; passados, porém, quinze dias o barão emudeceu e tornou-se quasi invisivel.

Como todos os apaixonados, o barão «des Quérelles» não renunciara, ainda, á sua ultima esperança em commover o coração da mulher que elle tão extraordinariamente amara. Era seu inimigo, por amôr. Queria tirar a sua desforra. Alimentava ainda a esperança de que, apezar de se não ter podido desforrar, talvez podesse um dia fazer d'ella sua amante.

Emquanto o marquez «de la Tournelle» e o conde d'Orgefin tratavam da sua reunião plena das fôrças conservadoras, emquanto o colerico barão «des Quérelles» meditava como Machiavel e punha a sua influencia politica ao serviço das suas paixões amorosas, os tres amigos de Ronquerolle, Branche, Didier e Maupertuis, não perdiam o seu tempo.

Não se entendia dentro dos acontecimentos. Teve um verdadeiro ataque de nervos e n'esse mesmo dia escreveu ao barão de Quérelles, pedindo-lhe para ir vêl-a sem demora.

A bella Carlota não tinha um inimigo, exceptuando talvez o barão de Quérelles, um conquistador desprezado, que tinha jurado não morrer sem se vingar dos desdens da altiva aristocrata. O barão vinha rarissimas vezes a Saint-Martin, mas estava ao corrente de todos os acontecimentos da pequena cidade. A marqueza tinha no coração, ou antes na cabeça, uma paixão deveras rara entre as mulheres.

Palavra Do Dia

stuart

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