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Os reis, mesmo a sorrir abriam o jazigo, Onde ia sepultar-se o clero, o seu amigo, Sem verem que aluida a base do edificio Que tem por cima o odio, e em baixo o precipicio, Desaba fatalmente em multiplas bastilhas. Tinham sulcado o oceano as portuguezas quilhas, E o genio dos heroes deixara esteiras certas Á bella exploração das ricas descobertas.

Sabemos que os Lusiadas os entalhou o brio portuguez com a espada nas mais distantes e ingratas regiões, e os imprimiu com o rasto das suas quilhas temerarias na face do Oceano e no dorso das tempestades, e o Camões os trasladou a versos immortaes, diffundindo no mundo pelo genio o que Portugal tinha divulgado pelo immenso pregão do seu valor. O Camões é a patria coroada de poeticos laureis.

Fallar-vos da nossa India, é rememorar dois seculos da historia patria, é invocar Affonso de Albuquerque, D. Francisco d'Almeida, Duarte Pacheco e tantos outros, os vultos mais grandiosos, d'esse aureo tempo em que este pequeno povo occidental, abriu com as quilhas das suas naus os mares que se estendem até ao extremo oriente, e em que a nossa bandeira, tremulou em mais paizes e dominou mais povos, do que os que foram avassalados pelas aguias de Augusto!

Pelo espaço de seculo e meio, esse novo caminho ensinado por Vasco da Gama foi seguido por numerosas armadas que, além das conquistas que faziam, não poucas vezes assignalavam com as quilhas os baixios das costas da Africa, da India e do mar Vermelho, levando no seu bojo os aventureiros que, por seu turno, em vez de trazerem as riquezas que buscavam, deixavam a vida nas mãos dos negros, quando depois de naufragarem eram obrigados a percorrerem em longas jornadas, paizes desconhecidos e povos selvagens, em busca de alguma feitoria ou fortaleza em que se abrigassem.

Resultaram os vastissimos campos, ou ignorados ou esquecidos, e então amplamente franqueados a todas as sciencias. A todas, porque a todas dissemos: Ide aprender! As quilhas dos galeões, sulcando mares nunca dantes navegados, patentearam com os novos mares novos climas, novos ceos e novos astros, um riquissimo thesouro de novissimos tratados, quaes nunca melhores poderam homens escrever.

Ha elmos, troféus, mortalhas, Emanações fugidias, Referencias, nostalgias, Ruinas de melodias, Vertigens, erros e falhas. Ha vislumbres de não-ser, Rangem, de vago, neblinas; Fulcram-se poços e minas, Meandros, pauis, ravinas Que não ouso percorrer... Ha vácuos, ha bolhas d'ar, Perfumes de longes ilhas, Amarras, lemes e quilhas Tantas, tantas maravilhas Que se não podem sonhar!...

Quilhas, mastros e velas, rodas do leme, cordagens, Chaminés de vapores, hélices, gáveas, flâmulas, Galdropes, escotilhas, caldeiras, colectores, válvulas, Caí por mim dentro em montão, em monte, Como o conteúdo confuso de uma gaveta despejada no chão!

Revelara-se o grande mysterio do oceano: estava ganha a gloria para o navegador intrepido e arrojado! Podemos imaginar a scena. Que espectaculo sublime apresentou então a equipagem dessas tres caravellas! Estavam, devéras, deante das Indias? Haviam-nas descoberto? Ou que terra era esta ao Oeste em tanta distancia da Europa, em mares desconhecidos e nunca perturbados pelas quilhas de navios?

Eu queria ser um bicho representativo de todos os vossos gestos, Um bicho que cravasse dentes nas amuradas, nas quilhas, Que comesse mastros, bebesse sangue e alcatrão nos convezes, Trincasse velas, remos, cordâme e poleâme, Serpente do mar feminina e monstruosa cevando-se nos crimes!