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Adeos, ó Galatéa; mas que digo! Cuidei, que tinhas inda o nome antigo; Mas não deves ter nome de humana, Sendo Leão feroz, vibora insana: Fica-te embora em paz, e te peço De mim t'esqueças, que eu de ti m'esqueço: Sim, farei, que não tornes a lembrar-me Para querer-te, nem para vingar-me: E poderemos ficar lembrados Do exemplo, com que fomos doutrinados: Mas , quanto differem as doutrinas, A que eu te dei, daquella, que me ensinas: Eu te ensinei a ser fiel, constante, Tu me ensinaste a ser falso, inconstante; Mas nunca me seguiste a lealdade, Nem eu soube seguir-te a falsidade; Porém essa doutrina; inda que inutil, Estimo-a, porque em parte me foi util: Se até aqui das Pastoras não fugia, Porque a sua traição não conhecia, della fugirei desenganado, Como quem foge do animal damnado.

Porque dedicas a este velho a tua juventude?... E não se recompensa esta abnegação? Pagam-te sacrificando-te aos seus... preconceitos. E continuava a contemplal-a em silencio; depois voltava a murmurar: Beatriz, se fosse viva, chamar-te-ia irmã; havia de querer-te junto de si, no seu quarto. E eu... porque não hei de chamar-te filha?...

Que importa, ó Ninfa formosa, Vir neste pégo arriscar-me, De mergulho ao mar lançar-me, E os livres peixes colher-te; Se quanto eu teimo em querer-te, Tu teimas em desprezar-me?

Qual mor bem ha no mundo que querer-te, Se não ha mais que ver despois de ver-te? Minhas dores mortaes, bella Senhora, Tirárão a virtude ao soffrimento; E fazendo-se mais em qualquer hora, Levando vão traz ti meu pensamento: Porém soberbos vejo desde agora, Por a causa gentil de seu tormento, Minha alma, meu desejo, meu sentido, Porque á tua belleza se hão rendido.

Ja, ja com minha voz rouca e chorosa A gente mais austera moveria; E com esta corrente lagrimosa Os tigres em Hyrcania amansaria. Se não fosses cruel, quanto formosa, Meu longo suspirar t'abrandaria: Mas suspirar por ti, mas bem querer-te, Que fazem senão mais endurecer-te?

Amantes rouxinoes rompem-me o sono Que ata o descanso: aqui sepulto mágoas Que ja forão sepulcros de alegria. Ah minha Dinamene! assi deixaste Quem nunca deixar pôde de querer-te! Que ja, Nympha gentil, não possa ver-te! Que tão veloz a vida desprezaste! Como por tempo eterno te apartaste De quem tão longe andava de perder-te? Puderão essas ágoas defender-te Que não visses quem tanto magoaste?

Em vão pretendia elle reagir contra o desanimo que tambem o ganhára: Não penses n'isso. Temos que passar por este tributo. A nossa felicidade fará esquecer estas horas amargas, e até teu pae se cançará da sua teima, e ha de abençoar-te e querer-te ditosa. Oh! O pae! Não o conheces bem. Mas ainda elle me queira sempre mal, paciencia. O que mais me custa é a mãe.

Se aspiro por quem es a celebrar-te, Sei certo por quem sou que hei de offender-te; Se mal me quero a mi por bem querer-te, Que premio querer posso mais que amar-te? Porque hum tão raro amor não me soccorre? Oh humano thesouro! oh doce gloria! Ditoso quem á morte por ti corre! Sempre escrita estaras nesta memoria; E esta alma viverá, pois por ti morre, Porque ao fim da batalha he a victoria.

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