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Hum estava callado, Em quanto hum pouco o outro se queixava; Apos elle tornava A dizer de seu mal o que sentia; E em quanto este fallava, aquelle ouvia. Vinhão-se assi queixando aos penedos, Aos sylvestres montes e á aspereza, Que quasi de seus males se doião. Alli as pedras perdião a dureza; Alli correntes rios estar quedos, Promptos ás suas queixas, parecião.

Tinha batido meio dia, e a mulher estava-se queixando de ter esperado tanto: era de uma freguezia distante, deixára no mercado a irmã, e havia uma hora que o senhor doutor estava com duas senhoras!

De quem m'irei eu queixando, Ou quem direi que m'engana Se vou seguindo e buscando Huma imagem, que d'humana Em pedra se vai tornando? D'huma fonte se sabía, Da qual certo se provava Que quem sôbre ella jurava, Se falsidade dizia, Dos olhos logo cegava. Vós, que minha liberdade, Senhora, tyrannizais, Injustamente mandais, Quando vos fallo verdade, Que vos não possa ver mais.

«E elle cada vez crescia mais em seus queixumes, que parecia que, como cansado, queria acabar, senão quando tornava, como que começava então. «Triste da avesinha, que, estando-se assim queixando, não sei como se cahiu morta sobre aquella agua. Cahindo por entre as ramas, muitas folhas cahiram tambem com ella

E assim como nas Caldas toda a gente Se anda sempre queixando de doente, Nós aqui com a mesma singeleza, ouvimos clamores de pobreza: Molestia, que amofina, e que faz tedio, Que nem nas Caldas póde achar remedio. Luxo, e mais luxo, pôdres, e mais pôdres, Tudo cheio de vento, como os ôdres!

Que despois que me falta a formosura Daquella illustre Nympha, que contente Pudera bem fazer a noite escura, Foi-me faltando o esprito juntamente: Em suspirar gasto a noite e dia, Sem me fartar de ver-me descontente. SYLVANO. Novidade maior em mi sería O espantar-me de ver-te estar queixando, Que o ver em ti desejos d'alegria.

Angelico, queixando se de que o demonio, por intermedio do jacobino, se apossára inteiramente d'ella.

Tu dirás que não tens parte No meu mal cruento, e fero; Que vou tristezas lembrar-te; Dirás que affligir-te quero, Quando desejo louvar-te. Não te deves admirar: Sei que em vão me estou queixando; Mas quem sente o seu pezar, Se principia cantando, Sempre acaba a suspirar. Espicaça esse animal, Companheiro Sancho Pança, Entremos em Portugal, E vamos molhar a lança A pró do triste Pombal.