United States or Nicaragua ? Vote for the TOP Country of the Week !


Et coetera, com a mesma uncção e musica. A morgada sorrira-se para o marido; e elle, para mostrar que tambem percebera o chiste, formou um tubo com os beiços carregados de chalaças mudas, e disse com atticismo velhaco: Versalhada... Ora, a morgada de Romariz, lagrimando com intelligencia na proza da oratoria, assim que algum personagem pegava de rimar, ria-se.

Eu respondi, que a harmonia Me fugio co'a mocidade; E que a sólida verdade Não depende da Poezia; Que em proza sempre seguia Seu acertado conselho; E que em fim Poeta velho Por teima querer rimar, He o mesmo que ir dançar O vosso ginja, Botelho. Ao mesmo Senhor em outro dia de annos.

digo, que não ganhais, Dando ouvido ás vozes suas; Aqui dais-me huma Perdiz, E se vou, tiro duas. Bom Sobral, o que eu te disse He, a meu pezar, verdade; Sonóros, amenos versos, São obra da Mocidade; Mandaste que em Crescentini; Louvando a doce harmonia, O que o Mundo diz em proza, Eu lho enfeitasse em Poezia;

Antes de a criminarmos, é dever geral procurar perceber na sua proza traquinas, o trilho lodoso d'algum machiavelico denunciador. Não serei eu que, não obstante, a queira absolver peremptoriamente.

Pierre, que nas Escolas se enchem os juisos da Mocidade de muita instruçaõ, e que nenhum cazo fazem os Mestres de formar os costumes, nem de fazer o menino bom: todo o seu disvello he que saibaõ muito, que recitem de memoria muitas laudas de proza, e outras tantas de versos.

Não erudito de amplos cabedaes, mas poeta, poeta elle mesmo, poeta utriusque linguæ, julgou reconhecer em mim, pelo modo como lhe eu traduzia as paginas inspiradas que elle me lia com fogo, e pela promptidão, sobre tudo, com que eu lhe restituia nos versos originaes os trechos que elle para isso me recitava das Musas cesáreas reduzidos a proza portugueza, julgou, digo, reconhecer uma indole fadada para a poesia; e pôz com generoso exforço peito a cultival-a.

Pois essas maleitas, vieram atacar-me traiçoeiramente, como costumam, e quando eu me dispunha a escrever a Chronica tive de me enfiar em vale de lençoes a tremel-as... Um martyrio, que nem o leitor imagina. Unica razão porque Vossas Excellencias se viram livres da minha proza a semana passada. Hoje, porém, não escapam. Estou agora fino como um pêro e muito bravo.

Se adora alguma Nerina, Se he para ella a tal Gloza, Que vão fazer os meus Versos, Onde está a sua proza? Além disso, essa figura, Faces tenras, e córadas, Fallão mais discretamente, Que mil Cantigas glozadas; Lenço nas pontas bordado, Cipó, tízicas fivellas, Sobre hum corpo assim talhado, Se eu gósto, que farão ellas?

Palavra Do Dia

tradicionais

Outros Procurando