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19 no largo Oceano navegavam, As inquietas ondas apartando; Os ventos brandamente respiravam, Das naus as velas côncavas inchando; Da branca escuma os mares se mostravam Cobertos, onde as proas vão cortando As marítimas águas consagradas, Que do gado de Próteo são cortadas

O espirito de systema tende a desapparecer da elaboração mental d'este seculo, e á proporção que elle affrouxa desenvolve-se e cresce essa extranha faculdade que faz uma especie de Proteo de cada entendimento, e que tomando a vida como uma illusão universal que ora se faz ora se desfaz, ora se tece a oiro e perolas, ora se destrama, phantasticamente, substituindo a nudez mais completa á opulencia mais asiatica, acha a verdade d'um momento em cada fórma passageira que encontra debaixo dos olhos.

O Santareno Tanto que a enfuza enxérga, ja sem tino As guelas abriu voraginozas, E, sem fazer no gosto algum reparo, Alambazado, e sofrego d'um trago Em vês de vinho foi beber a morte. Dominante entra Próteo.

Pescador ja foi Glauco, e deos agora He do mar, e Protêo phocas guarda; Nasceo no pégo a deosa, qu'he senhora Do amoroso prazer, que sempre tarda. Se foi bezerro o deos que se adora, Tambem ja foi delphim. Se se resguarda, Vê-se que os moços pescadores erão, Que o escuro enigma ao primo vate derão. Agora passa o vaqueiro a queixar-se da frieza com que a sua pastora recebe as suas finezas.

Proteo, que nos ardís exp'rimentado Fôra sempre instrumento a mil fasanhas; E cuja calva frente laureada De importantes facsoins sempre saíra, Um pouco sobre o cazo consid'rando, Este acordo felis contente abrasa. Vaise ter com a Astucia enganadora.

Era em tres batalhoins formada a Tropa, Guiava um batalhaõ Periclimeno Arrogante, e temido: outro Achelóo, E o terceiro puxava á retaguarda O velho Espozo da cerulea Doris. Aqui vinha Protêo dos grandes Focas Regendo a tremendisima caterva. Talhando as curvas ondas na vanguarda Iaõ nadando cem Tritoins desformes Fazendo rebombar os buzios grandes.

Mas a doloza Astucia que naõ sabe Desvelada perder monsaõ de efeito, Por Próteo instigada, em continente As cambiantes azas solta aos ares, nele d'improvizo, e asim o ataca: Dos remorsos se val acuzadores; E por uma maneira extravagante De seu alto saber somente propria, C'o as cores da razaõ na triste ideia Seu vil procedimento lhe debuxa.

Venha o padre Oceano acompanhado Dos filhos & das filhas que gerara, Vem Nereo, que com Doris foy caſado, Que todo o mar de Nimphas pouoara: O Propheta Proteo, deixando o gado Maritimo pacer pella agoa amara, Ali veyo tambem, mas ja ſabia O que o padre Lyeo no mar queria.

Sublime e admiravel invocação! Mas ouçamos agora o pescador Vós, humidas deidades deste pégo, Tritões ceruleos, Próteo, com Palemo; Vós, Nereidas do sal em que navego, Por quem do vento a furia pouco temo; Se a vossas sacras aras nunca nego O congro nadador na do remo, Não consintais que a musica marinha Vencida seja aqui na lyra minha.

Seria algum discipulo de Flamel ou de Lullo absorvido pelos mysterios da alchimia, submettendo a materia, interrogando este Proteo eterno, que, a cada pergunta ostenta uma fórma diversa, e responde de mil modos differentes, sem que cheguem a surprehender-lhe o segredo de sua simplicidade?

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