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O coronel, erguendo do pavimento a espada, e sobraçando-a, inclinou profundamente a cabeça, recuou até á porta, e disse: «Muito boas noites, minha senhoraOra aqui está o que se passou, até que o coronel entrou no camarote. Quinze dias depois ha um convite para casa do coronel: janta-se, e dança-se; festeja-se o casamento da sympathica Leocadia com o morgado de Sinfães, Francisco de Proença.

Diz-me em que... Vives comigo: tomas uma pequena parte nas minhas occupações, e recebes uma parte grande dos meus interesses. Não te sirvo de nada, Proença. O que fazes é dar-me uma esmola. Emprestas-me algum dinheiro? Que farás com esse dinheiro? Vou para Portugal. Tenho um palpite de que vou ser feliz... Feliz! Quem fará a tua felicidade em Portugal? Uma mulher. Como Marianna?

Recommendava o bilhete um segredo inviolavel. O temerario foi, sem consultar Proença, e encontrou o homem que vira em casa do negreiro. O senhor quer ser rico? perguntou o mulato. Quero. Ninguem responde com mais concisão, nem mais depressa. Se quer ser rico, siga outro rumo. A escravatura deu em droga. Metade dos negros morrem no porão: os outros ninguem os quer a cem mil reis fortes por cabeça.

Quando Leocadia sahia, encostada ao braço do capellão, o portal da quinta dos Maldonados, Francisco de Proença, vindo da caça, atravessava a azinhaga, assobiando aos perdigueiros. Leocadia presente-o, e quer esconder-se; mas era tarde. Proença pára estupefacto, e Leocadia pára tambem. O fidalgo, que não conhecia o padre, interroga-o: «Quem é o senhor?! Como se acha aqui a senhora?!

Proença offereceu-me o braço, e perguntou-me que soffrimento era o meu que se denunciava no rubor dos olhos. Eu ia responder-lhe, com franqueza cruel, contando-lhe a minha vida em relação a elle, quando meu pai nos impoz silencio com a sua presença. «Passeamos uma hora entre os arvoredos da quinta. Ahi não lhe sei dizer que desesperada saudade me golpeava a pedaços o coração!

«Meu pai disse algumas vozes baixas a minha madrasta, e entre estas ouvi proferir a palavra «theatroFoi uma nuvem negra que escureceu toda a alegria da minha alma. Notou-se em mim a repentina transfiguração; e Francisco de Proença, que estava conversando commigo, perguntou-me se me sentia incommodada, chamando a attenção de meu pai.

A surpreza reduziu-a ao silencio, que confessa o crime, e é em si um principio de penitencia. «Vamos, senhora! disse Proença. Decorreram tres dias, sem que Leocadia visse seu marido. Procurou-o, deliberada a convencêl-o da sua innocencia com a sincera historia do seu amor áquelle homem. Proença soubera tudo de sua mãi, e furtava-se ao encontro com sua mulher.

O coronel, informado dos amores da filha por suspeitas da madrasta, resolveu curar heroicamente a enfermidade moral da menina. Francisco de Proença, que estava a completar a formatura, annuira á proposta da mãi, conhecendo apenas de vista a noiva, e as necessarias dispensas estavam em poder do coronel. Leocadia foi chamada ao quarto de seu pai, e recebeu a noticia do seu proximo casamento.

Vencido pelas instantes lamurias de Proença, quiz ser arbitro na liberdade do prêso, assim como o tinha sido no immediato garrote que os outros soffreram. Luiz da Cunha, com cinco mezes de carcere, é solto. Respira o ar da liberdade, é senhor seu; mas a liberdade que lhe importa sem dinheiro, sem soccorro, sem incentivo algum ás forças que lhe sobejam ainda para commetter difficultosas emprezas?

Que perversidade nova lhe resta a explorar? A que reservatorio do inferno irá elle invocar um outro genio? Que lhe falta? Luiz da Cunha fôra chamado, apenas solto, a casa do governador. Entrou n'uma sala particular, onde encontrou Proença.