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E preguntados os Procuradores, e povos se aprovavam esta sentença, respondeo por todos um Diogo Affonso Alcaide mór de Toledo, que a todos parecia bem a determinação do Ifante Dom Manoel, por as rezões que dicera, e mais por a prodigalidade del-Rei Dom Affonso, que para o resgate do Emperador de Constantinopla dera das rendas de Castella cincoenta quintaes de prata, e mais por dar o Algarve a seu genro El-Rei Dom Affonso de Portugal, e lhe quitar ajuda, e o serviço dos cincoenta Cavalleiros em que era obrigado, e porém que lhe parecia couza honesta, se ao Ifante Dom Sancho assi bem parecesse, que elle em vida del-Rei seu Padre senão chamasse Rei, no que o Ifante consentio; e com esto a obediencia de todos os Lugares logo foi alevantada a El-Rei, salvo a de Sevilha, onde El-Rei se recolheo; e perseguido de muitas necessidades enviando rogar, e encomendar aos Prelados, e pessoas de auctoridade do Reino, que pozessem concordia, e boa paz antre elle, e seu filho, elles segundo alguns dizem o não fizeram, antes o contrariavam.

«Que com aquelle seu amigo francez, que está por parte do seu rei solicitando os procuradores e D. Antonio, procurou falar, e responder-lhe que D. Antonio lhe tinha dicto que se a sentença se désse a favor de S. M. elle seria o primeiro a vir beijar-lhe a mão como a seu rei, e quando não, nada queria fazer

E logo o conde portuguez acudiu, e resistiu a ella com os procuradores de sua tenção, protestando que a tal eleição não seria valiosa, e que em caso tão grave, e tão importante a todo o reino, que o não queriam deixar nos pareceres dos letrados, senão dos votos, que mandassem primeiro chamar os mais procuradores, e senhores do reino para que o que alli se accordasse e resolvesse fosse com consentimento e contentamento das partes.

No correr do debate, Thomaz Antonio lembrou a conveniencia de chamar em junta, promptamente, pessoas conspicuas do Rio, e da qual fariam parte os procuradores das camaras e villas, á medida que chegassem, com o fim de se estudarem as reformas accommodadas ao paiz.

E porque n'aquelle mesmo tempo se cumpria o anno de aprovação, que á Senhora D. Joana fôra dado para no cabo d'elle escolher, ou entrar em terçaria em poder da dita Infante D. Briatiz, ou fazer profissão, chegaram alli por embaixadores e procuradores d'El-Rei e da Rainha de Castella o Prior de Prado, que depois foi o primeiro Arcebispo de Grada, e o doutor Affonso Manuel, para serem no auto e execução de qualquer d'estas cousas que a dita Senhora escolhesse.

O Regente depois de ouvir dois cidadãos que a elle sobr'isso foram, lhes respondeu: «Dizei aos cidadãos e procuradores, que lhes rogo muito que cessem d'este movimento, e não me daria persumir-se que eu n'elle cabia por principal, se fôsse devido e necessario; mas eu o digo assi, porque na verdade ei por muito melhor ficar El-Rei meu Senhor e seu irmão em poder de sua madre, que no meu.

E esteve el-rei em Sevilha quatro mezes, e antes que d'alli partisse, escreveu a el-rei Dom Pedro de Portugal, como queria haver paz e amisade com elle, e que elle enviaria taes, ao extremo, de que fiava por seus procuradores, para tratarem avença entre elles, e que el-rei Dom Pedro mandasse ahi outros, que com seus feitos fossem concordados.

Eram elles: os membros do governo que assignaram o famoso officio de 24 de dezembro ; os signatarios do discurso ao regente proferido em 26 de janeiro e o bispo D. Matheus, que subscreveu a representação do clero . Propõe mais a responsabilidade dos ministros de D. Pedro por haverem convocado os procuradores das provincias.

Os quaes altercando sobre estes debates perante El Rei, como quer que era menino, quando um e quando o outro lhe disseram: «Muito alto e poderoso Principe, Rei nosso Senhor, porque nos parece que acerca de se regerem estes reinos por vós, sois requerido que cumprindo o testamento d'El-Rei vosso padre, que Deus haja, deis inteiramente o regimento á Rainha nossa Senhora vossa madre, nós, como procuradores da vossa cidade de Lisboa, e assi em nome dos outros procuradores que aqui são, nossos irmãos, dizemos que sob reverencia de vossa real pessoa, El-Rei vosso padre não podia fazer tal testamento; nem em tal caso leixar Regedor do reino á sua disposição; porque a nós vosso povo pertence por direito enleger quem por defeito de vossa madura edade nos haja por Vós de defender com as armas e reger por leis com justiça.

E conformando-se o Regente com o parecer dos procuradores e assi com as respostas que em escripto houve dos ausentes, deu em nome de El-Rei resposta aos embaixadores, escusando-se por muitas causas a não dever cumprir, nem haver por bem o que requeriam, e que assi era dos do reino aconselhado, e que se por isso El-Rei de Castella quizesse mover guerra contra estes reinos, que lhe pesaria muito por ser entre christãos tão conjunctos em sangue e amigos.