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E sobre tudo não se ha de pintar tão perverso o malicioso, que faça mal, diga mal, e presuma mal, e seja intelligente; que os mais d'elles cantam de quem roubam; que d'esse outro modo não é pintar criado, mas inimigo. E dos escravos, a que fez taes ou a ventura de guerra, ou outra desgraça, temos os livros cheios de exemplos de valor, e fidelidade, em que deixaram muito atraz os proprios filhos.

Que não ha tão alta sorte, Nem ventura tão subida, Ou desastrada, A quem o assópro da morte Não sopre o fogo da vida. A seu fim todas cousas vão correndo; Nem ha cousa, que o tempo não consuma, Nem vida, que de si tanto presuma, Que se não veja nada, em se vendo. Que o mais certo que temos, He não termos nada certo na terra. Pois para seus não nascemos; Se o seu nos incerto, Nada erra.

Os sentimentos bem ou mal expendidos n'esta carta, meu prezado visinho, são uma especie de prolegómenos com que tenciono predispor os animos para a representação de uma tragedia, em que trabalho ha muito, intitulada O homem de Claudia. Não se presuma, porém, que eu venho com esta noticia aliciar espectadores para a minha tragedia no Theatro-Circo. Não, snr. Raimundo.

Se a arte do escrever foi o mais admiravel invento do homem, o mais poderoso e fecundo foi certamente a imprensa. Não é ella mesma uma força, mas uma insensivel mola do mundo moral, inlellectual e physico, cujos registos motores estão em toda a parte e ao alcance de todas as mãos, ainda que mão nenhuma, embora o presuma, baste por si para a fazer jogar. Imaginavam os antigos uma urna de destinos, a que os tempos e os homens corriam sujeitos: é a imprensa a urna dos destinos trasladada para a terra; potencia maravilhosa, formando as opiniões sem ter uma opinião, creando as vontades sem ter uma vontade, condensando ou dissipando forças sem ter força, arrastando aquelles mesmos que julgam dirigi-la, paralisando e quebrando o braço sacrílego que se lhe atreve, medrando com a prosperidade, medrando ainda mais com a perseguição; sol novo que o homem accendeu e não poderia apagar, sol que alumia ou aquece, deslumbra ou abrasa, desinvolve flores e fructos, venenos e serpentes!

Porém era muito cedo sem que nenhum tal presuma, pois a culpa obra-se sempre, Que a pena espera-se nunca. Nas camas os acham todos: mau é que o culpado durma, porém quem se deita tarde, claro está que não madruga. Alli sem trabalho os prendem; porque alli ninguem repugna, pois não tinham como os corpos alli as espadas nuas.

E não presuma alguem que algum defeito, Quando na cousa amada se apresenta, Possa diminuir o amor perfeito: Antes o dobra mais; e se atormenta, Pouco a pouco desculpa o brando peito; Que Amor com seus contrarios se accrescenta. Que poderei do mundo ja querer, Pois no mesmo em que puz tamanho amor, Não vi senão desgôsto e desfavor, E morte, em fim; que mais não póde ser?

E he isto conhecer, como he de obrigacão de todo o mortal raciocinante, os limites do entendimento humano, e do humano discurso? Em que direis vós que estes Veneraveis, ridiculamente mitrados, annunciando enfaticos o ramo d'Acacia, e que a carne deixa os ossos, se distinguem de hum insensato, que com azas postiças presuma levantar o vôo, e girar em torno das orbitas dos Planetas?

Juntamente assentámos dar-vos este aviso; porque, se alguma cousa acontecer, se não presuma que sahiu do nosso conselho; e não sendo o intento d'elle pelejar por preço, premio ou engano, vós, á falta de cautella, percaes a vida." Tambem me não parece indigna de lembrança uma,

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