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Como este mesmo era o author das suas comedias, não é de admirar que exprimisse com energia aquillo mesmo que a sua alma sentia com toda a sua força; e é d'este modo que os theatros, que são as escólas dos costumes, onde se pintam ao natural pela fealdade do vicio ou pela ridicula pratica que os degrada, preenchem plenamente o fim para que foram instituidos; pois é evidente que todo aquelle actor que não tiver meios proprios para penetrar a alma dos seus espectadores pelas mais vivas e mais naturaes maneiras, figura e gestos da sua representação, não póde produzir o effeito que esta admiravel arte de imitação é capaz de produzir, e sem o qual effeito, uma sala de espectaculo não é mais do que uma camara optica em que os sentidos podem gozar de algumas momentaneas illusões, mas onde a alma jámais se deixará possuir d'aquelles prestigios do sentimento que faz amar a virtude e detestar o vicio, nas peças tragicas, e nas comicas, temer o amargoso fel da critica que corrige o homem, fazendo mofa dos seus costumes que pinta, quando são ridiculos, ao natural.

Aos vinte e tres annos, com todas as intelligencias da paixão, com todos os delicados prestigios do luxo, era trahida, era trahida! Senti então pela primeira vez a presença do ciume, esse personagem tão temido, tão cantado nas epopéas, tão arrastado pela rampa do theatro, tão conhecido da policia correccional, tão cruel, tão ridiculo, tão real! Vi-o! Conheci-o!

Não é entre prestigios deslumbradores, n'um ambiente de calor artificial, estimuladas ou vencidas do exemplo, da occasião, do medo ao ridiculo, e da audacia emprehendedora, não é ao abrigo do estrondo e confusão de um baile, que ellas recebem e fazem as suas primeiras declarações; é ao serão, com a sua roca na cinta, na presença de suas mães; ou, quando muito, na romaria, sentadas na relva com as parentas e amigas, em derredor da merenda, á sombra das carvalheiras.

Ninguem poderia, melhor de que o orador em quem todos os prestigios da Palavra se alliam a todos os calmos esplendores do Pensamento, fazer uma realidade d'esta esperança que a tantos se affigurará talvez chymerica e pueril, mas que eu, pobre mulher, ignorante e sonhadora, me não arrependo de haver formulado aqui.

tu podes, caro Amigo, Virar-lhe o vôo apressado; E fazer que elle me traga Outra vez o meu reinado: Não peço bruxos prestigios, Basta ouvires meu alvitre, Põe a rua da Atalaia Na Calçada do Salitre; Prepara farta vingança A meus compridos jejuns; Lança, em nome da Amizade, Mais nozes aos teus peruns; Lance fumo a faca tinta Nas victimas degolladas; Revôem pelo quintal As pennas ensanguentadas;

Os formosos olhos, que lhe sorriam no meio do esplendor, ser-lhe-iam fieis na adversidade, ou bastaria um revez para lhe roubar com os prestigios do poder corações, que tinham jurado amal-o sempre até á morte?!... Mas a voz do dever chamava-o; foi obrigado a obedecer.

Todos os ridentes allegorisadores da antiguidade falaram de um Cupido filho de Venus, armado de fogo e settas, cruel e suave ao mesmo tempo, incoercivel e fugitivo como os sonhos. Existe esse, não ha duvida; mas ha outro amor, podéra eu affirmar-lhes, que nasceu do casamento de uma açucena com o zephyro; que mesmo suspirando está a rir; que sóbe em espiraes melodiosas para o ceo até se perder de vista, mas não foge; reapparece, e redescende fiel ás mesmas amenidades d'onde levantára o vôo. Não fere, nem envenena; encanta. Não accende fogo para deixar cinzas; brilha na alma como sol. Não se rodeia de aves de agoiro, nem de sonhos temerosos. Não desvela as noites, com prazeres instantaneos, com delirios, e arrependimentos contumazes, mas se imbebe na andorinha do beirado para nos acordar cada ante-manhan com as alegrias puras que ella sabe. Não cura de ciumes; quizera que todos amassem como elle. Não é um amor concentrado, exclusivo, incompleto, que põe a mira n'um objecto caduco; é outro amor profundo e infinito como a Creação, com cujas maravilhas, maravilha elle proprio, se renova; a sua venda, se a tem, não escurece; é toda de brilhantes diaphanos e prismaticos, que redobram os prestigios do Universo.

Maria, sabedora do expediente amoroso do moço querido, classificou o feito de suprema prova de amor, e deliciou-se em embriaguez de ternura n'aquelles vagos anceios dos dezeseis annos, que tanto levantam a mulher a foros de anjo, como dão com ella em razo, desenfeitada de todos os prestigios. Não era para isso o amor de Filippe Osorio.

Em Portugal não ha um cavalleiro. Na batalha de Alfarrobeira morreu o conde de Avranches, e a sua espada foi sepultada com elle. Quando os reis se assentavam em thronos de ferro; quando a lisonja os rodeiava de prestigios, e o terror estava assentado ás portas dos seus palacios, era bello e generoso affrontar-se o homem com a tyrannia e menoscabar as dores dos supplicios.

Nas suas allucinações de exilado a patria apparece-lhe deslumbrante de todos os prestigios com que a saudade e o amor aureolam os seus idolos.

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