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O palacio do deus do mar, no abysmo das ondas, com as suas paredes de renda de coral, com os seus pomares de folhas de esmeraldas e fructos de perolas e rubis, e os seus peixes de escamas prateadas e olhos de brilhantes, e os seus dragões de caudas de oiro fino, não pertencia á terra, era do mundo dos prodigios, regia-se pelas leis do encantamento; um dia, dos seus dias, valia por muitos annos, dos nossos annos; e assim, sem que Urashima o suppozesse, seculos sobre seculos haviam passado sobre a terra, matando, destruindo, transformando, arrastando as coisas e os individuos á fatalidade dos destinos, ao aniquilamento, ao , ao nada, surgindo das ruinas outros aspectos e outros seres...

Do travejamento escuro do tecto pendiam como cortinas pardacentas e prateadas as teias de aranhas rasgadas pelo peso do . Desenrolámos o fardo que tinhamos collocado junto da cova, e contemplámos pela derradeira vez a figura do morto estendido sobre a sua manta de viagem.

Nas aguas negras do Tejo, aqui e ali ainda prateadas por um raio da lua, que se insinuava por entre a intrincada floresta dos mastros das embarcações, ondeava o reflexo trémulo dos candieiros do gaz. Ao choque do barco parando de subito, acordaram estremunhados os progenitores de Lucinda. Frederico ainda esperava ao menos poder sentir o doce peso da gentil menina, ajudando-a a saltar em terra.

E tu tambem, ó sangue azul antigo que nasceste co'a biographia feita! Ó pagem loiro das cortezias-avozinhas! Ó pergaminho amarello-mumia das grandes galas brancas das paradas e das victorias dos torneios-loterias com donzellas-glorias! Ó resto de sceptros, fumo de cinzas! Ó lavas frias do vulcão pyrotechnico com chuvas d'oiros e cabeleiras prateadas!

O rio tinha scintillações prateadas, fluindo n'uma suavidade infinita. Aqui e ali, para os lados da foz, os pannos das embarcações tapuias espalmavam-se no horizonte, destacadas em vivo contraste sobre o azul esplendente do céu. Em terra, traquinando, borboletas enormes polvilhavam sobre os aningaes das margens a luminosa poeira das azas pintalgadas.

As rosas que de sangue resplandecem, As candidas boninas marchetadas, Qual roxo esmalte á vista bem se offrecem. Do matutino orvalho rociadas, As flores rutilantes e cheirosas Estão como por cima prateadas. Os humidos botões abrindo as rosas, Que os agudos espinhos vão cercando, No prado se vem rindo deliciosas.

Verás em fim, Marilia, As nuvens levantadas Humas de côr azul, ou mais escuras, Outras de côr de rosa, ou prateadas Fazerem no Orizonte Mil diversas figuras. Mal chegares á foz do claro Téjo, Apenas elle vir o teu semblante Dará no léme do baixel hum beijo.

Um novo turbilhão de ondas prateadas Se alarga em écos circulares, rútilos, farfalhantes Como água fria a salpicar e a refrescar o ambiente... Meus olhos extenuaram de Beleza! Inefavel devaneio penumbroso Descem-me as palpebras vislumbradamente...

Onde encontrariam imagem mais perfeita do seu Paraizo? Mas entre o céo e a terra ha outro mundo de encantos, onde esvoaçam as fadas travessas, os maliciosos duendes, que são tambem amigos das creancinhas e as vão poisar, ás vezes, no purpureo regaço das rosas, ou nas rendas prateadas do immenso véo do luar.

Estiveram alguns dias no Senhor do Monte, onde a melancolia de Assucena parecia desopprimil-a, alargando-lhe o coração pela amplitude do céo, que, n'aquelle local, convida a um scismar suavissimo, a uma santa saudade d'outra existencia, que deve ter precedido a das dôres terrenas. A quinta de Caldellas é um eden. As aguas prateadas do rio Homem banham-lhe as orlas verdejantes.