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E pois, Elmano, te guindas-te ao cume Do Horizonte, onde és Sol de Lysia aos Vates, Cujas centelhas dão calor aos Genios, Dão brio, dão vigor para ir á gloria, Postergando montões de vis insectos De ephemerico ser, d'aspecto ingrato; Não deves estranhar, que Atropos dura Se antecipe a cortar-te o fio á vida; Ella, que sem respeito ao Môço, ao Velho, Se apraz de encher de lucto, e pranto o Mundo.

Magdalena beijou-lhe a mão, e o pranto, provocado pela violencia das scenas anteriores, e até alli a custo reprimido, rebentou agora abundante, banhando as mãos do pae. Henrique afastou-se a conversar com Augusto, para o não deixar sair da sala. O coração do conselheiro não era de pedra. Duas causas poderosissimas conspiravam-se para abrandal-o.

Meu pae! meu pae! implorava Ermelinda, suffocada pelo pranto. Perdôe! Não se affiija assim, meu pae, que me mata! Não ?... Escute... Para servir a Deus... foi para servir a Deus que eu os cortei... A vaidade é um peccado grande. Quem te ensinou isso?... Quem te aconselhou a que os cortasses? Fala!... Por alma de minha mãe, não me fale assim, que me assusta! !

Maria respirou em pranto, e exclamou quanto os soluços lhe permittiam: Não posso, meu pae, não posso... Deus sabe que eu lhe tenho pedido desde hontem a morte!... Basta; disse severamente o pae. Sabes o teu destino? Sabes que has de entrar no mosteiro de Arouca? Entrarei, meu pae. E que has de estar emquanto eu for vivo? Estou prompta, se é sua vontade que eu .

Com que cara heide comparecer perante seu tribunal supremo? Pae piedoso, Filho unigenito, Espirito paraelito, tende de mim compaixão. No valle do pranto, quando vos assentardes n'um throno de nuvens para pronunciar a terrivel sentença, não ponhaes patentes meus peccados, nem em presença de vossos anjos me confudaes; porem perdoae-me, Deus meu, e tende de mim compaixão.

O nosso reitor, um santo, reza sempre, e tambem chora! N'um sepulchro verte o pranto sempre, sempre á mesma hora!... Ninguem foge ao sentimento, ninguem foge ao seu destino... Quem d'amor soffre o tormento, no Céu tem Amor Divino

Sahirem humildes ais De hum peito singelo, e aberto, He o direito mais certo, Quando os Juizes são tais. Fundadas sobre a verdade As minhas supplicas vão: Não peço por ambição, Peço por necessidade. Em mim o cuidado cae De Irmãs postas em pobreza: A piedade, e a natureza Me fazem Irmão, e Pae. Olhos em pranto banhados, Que eu sem dôr não posso ver, Vos fazem agora ler Estes versos mal limados.

¿O sujeito de óculos de oiro, dentro do copé?... Não conheço, meu amigo. Talvez um parente rico, dêsses que aparecem nos enterros, com o parentesco correctamente coberto de fumo, quando o defunto não importuna, nem compromete. O homem obeso de carão amarelo, dentro da vitória, é o Alves Capão, que tem um jornal onde desgraçadamente a Filosofia não abunda, e que se chama a Piada. ¿Que relações o prendiam ao Matias?... Não sei. Talvez se embebedassem nas mesmas tascas; talvez o José Matias últimamente colaborasse na Piada; talvez debaixo daquela gordura e daquela literatura, ambas tam sórdidas, se abrigue uma alma compassiva. Agora é a nossa tipóia... ¿Quer que desça a vidraça? Um cigarro?... Eu trago fósforos. Pois êste José Matias foi um homem desconsolador para quem, como eu, na vida ama a evolução lógica e pretende que a espiga nasça coerentemente do grão. Em Coímbra sempre o consideramos como uma alma escandalosamente banal. Para êste juizo concorria talvez a sua horrenda correcção. Nunca um rasgão brilhante na batina! nunca uma poeira estouvada nos sapatos! nunca um pêlo rebelde do cabelo ou do bigode fugindo daquele rígido alinho que nos desolava! Alêm disso, na nossa ardente geração, êle foi o único intelectual que não rugiu com as misérias da Polónia; que leu sem palidez ou pranto as Contemplações; que permaneceu insensível ante a ferida de Garibaldi! E todavia, nesse José Matias, nenhuma secura ou dureza ou egoismo ou desafabilidade! Pelo contrário! Um suave camarada, sempre cordial, e mansamente risonho. Toda a sua inabalável quietação parecia provir duma imensa superficialidade sentimental. E, nesse tempo, não foi sem razão e propriedade que nós alcunhamos aquele môço tam macio, tam louro e tam ligeiro, de Matias-Coração-de-Esquilo. Quando se formou, como lhe morrera o pai, depois a mãe, delicada e linda senhora de quem herdara cincoenta contos, partiu para Lisboa, alegrar a solidão dum tio que o adorava, o general Visconde de Garmilde. O meu amigo sem dúvida se lembra dessa perfeita estampa de general clássico, sempre de bigodes terríficamente encerados, as calças côr de flor de alecrim desesperadamente esticadas pelas presilhas sôbre as botas coruscantes, e o chicote debaixo do braço com a ponta a tremer, ávida de vergastar o Mundo! Guerreiro grotesco e deliciosamente bom... O Garmilde morava então em Arroios, numa casa antiga de azulejos, com um jardim, onde êle cultivava apaixonadamente canteiros soberbos de dálias. Êsse jardim subia muito suavemente até ao muro coberto de hera que o separava de outro jardim, o largo e belo jardim de rosas do Conselheiro Matos Miranda, cuja casa, com um arejado terraço entre dois torreõsinhos amarelos, se erguia no cimo do outeiro e se chamava a casa da «Parreira». O meu amigo conhece (pelo menos de tradição, como se conhece Helena de Troia ou Inês de Castro) a formosa Elisa Miranda, a Elisa da Parreira... Foi a sublime beleza romântica de Lisboa, nos fins da Regeneração. Mas realmente Lisboa apenas a entrevia pelos vidros da sua grande caleche, ou nalguma noite de iluminação do Passeio Público entre a poeira e a turba, ou nos dois bailes da Assembleia do Carmo de que o Matos Miranda era um director venerado. Por gôsto borralheiro de provinciana, ou por pertencer

Pobre musgo, descuidado, Sem olhos para chorar, Sem poder alliviar Com seu pranto um desgraçado, Consolar-se e consolar! Fallas mais a meu agrado Que o livro mais afamado D'esses livros, que em lugar De nos dar consolação, Nos fazem cahir no chão Um pranto mal empregado, E inda mais amargurado Nos deixam o coração. Colhi-o, pul-o no seio, E é hoje o livro que leio. Messines.

Oh Naiades! das ágoas sahi fóra; E de vós ágoa saia em mal tão forte, Pois de vê-lo tambem o monte chora. Oh Napêas! chorae a triste sorte Dos miseros pastores, a quem nega O fado por mais pena o mortal córte. Oh Dryas! vós, a quem Amor s'entrega, Tomae todo o cuidado deste pranto, Pois sabeis onde a causa delle chega.

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