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Pouco depois das 4, fiel ao seu compromisso da véspera, chegou o Azeredo. A tarde estava um encanto. A luz esbatia-se suavemente na mole carícia do ar, húmido e tranqùilo. Tomaram pronto um auto os dois amigos e dirigiram-se ao parque famoso de Palermo, anunciado nobremente, ao começo da avenida Alvear, pelas faustosas decorações da Recolêta, em cujo preguiçoso declive majestosas linhas arquitetónicas enquadram harmoniosamente rasos e amplos taboleiros verdes, mosqueados de tintas policromas, um precioso bouquet de frescos relvados, de minúsculos jardins, de bosquetes, sébes floridas e tosquiadas sombras.

E o seu estirado reflexo incendia o imenso lençol pampeano em fulvas reverberações, como um vasto clarão de incêndio, no mais puro e mordente contraste com a leveza espelhada do céu, infinitamente calmo, fundo e diáfano, cuspido apenas ao alto de breves nuvens policromas.

Um vélho negro, derreado e esquelético, se lhe acercou entretanto, ofertando produtos da indústria rudimentar do país: colares, anéis e broches de coral, saquitos de junco, bôlsas de sementes luzidías e duras como azeviche, grossas gargalheiras policromas tecidas de conchas, de corais, de pedras polidas, de caroços de plantas indígenas e gomas aromáticas.

Fechado assim por essa improvisada cinta internacional o recinto, a mesma marinhagem com uma vivaz e alegre solicitude, festoava-o em abundância de renques de flores de papel, aplicava-lhe, a multiplicar a iluminação, pêras eléctricas policromas. Por último, o piso encerado foi passado a gis, para garantir a integridade corporal dos bailarinos.