United States or France ? Vote for the TOP Country of the Week !


De modo que a antiga expressão «terra da patria», com referencia a Lisboa e seus suburbios, é figura de rhetorica em demasia arrojada. A patria do lisboeta não tem terra, tem os agglomerados residuos das podridões e dos papeis velhos.

Seria longo estudar, aqui, as numerosas causas da decadencia e da fatal destruição, que vão gangrenando, sem elixir reparador, a nobreza, o clero e a classe media. Um dia o povo escreverá a historia de todas estas podridões. Os meus amigos sahiram pouco depois do carrasco. Esperei ancioso pelo dia seguinte.

Estavamos grosseiramente illudidos. O cemiterio, o cemiterio de Lisboa, pelo menos, o dos Prazeres ou o do Alto de S. João, é puramente um recinto de caracter official, destinado á fermentação exclusiva das podridões privilegiadas.

Se a forma do discurso era picaresca, a sua essencia mostrava, que a alma do orador era sentina de todas as podridões, em decomposição n'um clima tropical, trascalando fedores em cada phrase evaporada d'aquelle espìrito immundo.

Alguns deitam-se a interrogar a historia, philosophias, podridões de sepulchros...

Rugem vingança os irmãos; o cego vulto ás difficuldades das provas judiciarias; franqueiam-lhe dinheiro sem conta, e um grande premio, se a prova se fizer. Vejam os profundos segredos do ceu! Os crimes obscuros quasi nunca é a lampada da virtude que os descortina; são sempre os cerdos que fossam e tiram á tona dos lamaceiros as podridões submersas.

Não ha vigilancia alguma durante todo o espaço de tempo que decorre dentro d'aquellas podridões, desde que anoitece até que rompe o sol. Apenas, fora do corredor que passagem para os dormitorios, dorme um guarda no seu quarto.

Pinto Monteiro fez surdir á flôr da terra as podridões de Tinoco, e a toxicologia declarou que o homem morrera envenenado pela massa de Frei Cosme. Não o leitor cuidar que entra na novella um frade que manipulava massas homicidas. Não, senhor. A massa de Frei Cosme é uma farinha saturada de arsenico.

Surgem a par as torres das igrejas, onde a , a mentira e a hipocrisia lançaram de tropel em um templo a cruz de Cristo, a mais santa das crenças, e a mais torpe traição, essa que oculta sob véus da pureza e na oração toda a cobiça sórdida de mundos que em podridões sustentam o seu deleite.

Alguns rapazes sem habilidade, nem estudo que lhes supprisse a incapacidade do engenho, appareceram ahi a pinchar na vaza das letras como sapos de lameiro em tarde trovejada de julho. O mais sapo nas verdes podridões, consoante o phrasear colorido do snr. Guerra Junqueiro, é este marau da Actualidade. Veio de Lisboa assoldadado para a imprensa do Porto, em serviço de um ignobil aventureiro.