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Depois de mostrar com uma nitidez que é uma antecipação da sciencia contemporânea como o carnivorismo não pode justificar-se pela anatomia do homem, sem dentes nem garras nem boca nem intestinos que tal processo de nutrição suponham ou autorizem, Plutarco aponta os subterfugios de que nos servimos para consumar o nosso crime contra a natureza.
Repetindo o exemplo de Plutarco, Montaigne considera um caso de consciência mandar para o matadoiro a vaca que tantos anos nos serviu.
Com Plutarco, o vegetarismo, ou melhor, a condenação do carnivorismo passou a ser nas preocupações morais do homem culto um caso julgado, eloquentemente e inabavelmente julgado. Os que se lhe seguiram, e são legião de gênios e de santos, nada acrescentaram
Grande leitor de Plutarco, seu legitimo discípulo, Montaigne renova brilhantemente as exortações do mestre contra as intoleráveis crueldades do carnivorismo.
Com Plutarco e Porfírio aponta os prejuizos sobre as faculdades mentais das raças não humanas, insistindo em que a diferença é de grau e não de espécie. «Platão» diz, «no seu quadro da Idade d'Oiro conta entre as principais vantagens dos homens d'aquêle tempo o comércio que êles tinham com os outros animais, investigando, instruindo-se e aprendendo as suas verdadeiras qualidades e as diferenças entre nós e êles, pelo que adquiriam um perfeitíssimo conhecimento e inteligência e dêste modo fizeram as suas vidas mais felizes do que a nossa.
Perguntas-me, diz Plutarco, «por que motivos Pitágoras se absteve de se alimentar com a carne dos animais.
Wesley foi um dêsses e Pope, o célebre poeta inglez, recordando lições do «excelente Plutarco» que, dizia, «tinha mais impulsos de boa natureza nos seus escritos do que qualquer outro autor de que se lembrasse», repete-lhe os conselhos analisando e condenando os costumes sanguinários de então que, como hoje, passavam para o maior número por admirável destreza física e modos sãos e legítimos de existência moral e fisiológica.
Catão, o Censor, diz-nos como orgulhoso do feito que, quando foi cônsul, deixou na Espanha o seu cavalo de guerra para aliviar o tesouro público dêsse encargo. E Plutarco, referindo o facto, acrescenta: «Se tais coisas são exemplos de grandeza ou de mesquinhez de alma, o leitor que o julgue.» São exemplos de mesquinhez; sentia-o o historiador tão bem como nós o sentíamos.
Á fé que te hei de dar a mesma resposta que Arago repetia dezenove seculos depois de Plutarco: «Talvez seja exactamente por não ser verdade!» No meio do seu triumpho, não logrou Miguel Ardan escapar-se a nenhuma das massadas inherentes ao estado de homem celebre. Os especuladores de vogas e celebridades de occasião tentaram pô-lo em exhibição.
Depois de Montaigne, é Pedro Gassendi que repete as lições de Plutarco, enquanto medita a Vida e Moral de Epicuro que sabiamente traçou, encontrando, como este, «o bem supremo, summum bonum» no seu pequeno jardim. E logo após a sua morte, dentro de poucos anos, nasce Hecquet que por sua vez, no seculo XVII vinha acrescentar
Palavra Do Dia