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Tenho á vista o folheto que Rozenda Picôa entregou ao filho, feito o pacto de vingança. Em 1840, desoito annos antes dos successos até aqui referidos, publicou-se em Lisboa, na Typographia portuense, estabelecida na rua da Palmeira n.º 36, um opusculo de 23 paginas em 8.º, intitulado: A villan fidalga.

Aquellas duas senhoras, ambas prolificas, iam com os seus meninos pennugentos de buço a casa de D. Maria José; e uma d'ellas, D. Rozenda Picôa, proprietaria d'um hotel na Travessa do Estevão Galhardo, levava comsigo um filho barbaçudo que dizia ser litterato-politico, e se chamava Victor. Este sujeito é quem nos botequins andava pregoando a belleza e os dotes espirituaes da filha do snr.

A gente, por mais que faça, não resiste ao que tem de ser. E máo é que nos amem; que nós, frageis por natureza, mais hoje, mais amanhan, amamos quem nos ama, não acha? D. Maria José, fitando os explendidos olhos na illuminada e tregeitosa cara da snrPicôa, quedou-se pasmada sem perceber nem responder.

Em seguida, escreveu a D. Rozenda Picôa, annunciando-lhe a primeira radiação de jubilo em sua vida, e a ancia em que ficava de lhe revelar os seus anhelos. A mãe de Victor, lendo a carta, disse alvoroçada á irman: Tenho nora! Tens nora? exclamou Euphemia Então diz-t'o? ella quer? Não se explica bem; mas eu lhe entendo o palavriado. Ouve , mana.

Não me conte similhante desatino, que isso é calumnia! acudiu a neta do fundador da egreja patriarchal de Lisboa. Affligem-me... tornou D. Maria molestamente nervosa Affligem-me essas funestas e deturpadas paginas da historia de minha familia. Eram usos d'aquelle tempo, minha senhora observou ethnographicamente D. Rozenda Picôa.

O conego Antunes, quando foi despachado bispo para o ultramar, pedi-lhe que fallasse aos ministros na minha pretenção, e safou-se sem me dar cavaco! Corja de tratantes! que tornem para !... Não pareça caricatura a vaidosa precaução com que a snrPicôa se resguarda ou finge acautelar-se das tentaçoens, escarmentada por varios casos funestos.

A snr.ª D. Maria José tem o coração de uma pomba; proseguiu a snrPicôa, desdenhando a interrupção explicativa mas ha de dar-me licença que eu lhe diga que não tem juizo para regular a sua vida... Coração toda a gente o tem; mas cabeça... isso é raro. Eu lhe respondo, snr.ª D. Rozenda insistiu reportadamente a filha do snr.

Esta matraca, impressa nas gazetas, desvairou o litterato que forçou a mãe a declarar pelos prélos que seu defunto marido não havia sido sapateiro; mas sim negociante de couros. Ninguem contestou; por ser verdade, porque ninguem podia desfazer na palavra da snrPicôa, quanto á mercadoria do snr. João José Alves, seu marido.

D. Rozenda Picôa, assim que viu annunciado o casamento de D. Maria José de Portugal, deliberou visital-a e manter boas relaçoens com a sua hospeda, visto que a fortuna caprichosa a collocara na posse pouco vulgar de uma corôa de condessa com tres milhoens. Annunciou-se ao guarda-portão do palacio. Tangeu-se uma campainha. Desceu um escudeiro que recebeu o nome da visita.

Os netos do brigadeiro, doutorados na universidade de S. Paulo, estão estabelecidos no imperio brazileiro. D. Rozenda Picôa é mestra regia na Porcalhota. D. Eufemia, dada ao mysticismo, e repêza de escrupulos purificantes, está no seminario de Brancanes, encarregada da limpeza dos jesuitas.

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