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GALASIO. A triste Progne ja despareceo; A toda flor o frio foi imigo; A doce Philomela emmudeceo, Rouca de lamentar seu mal antigo. Mas venha por aqui quem me venceo Com hum volver d'olhos; qu'eu m'obrigo, Que as aves tornem logo a seus amores, E os campos se matizem de mil flores.

Perca, quem te perdeo, tambem a vida. DURIANO. Por ti a noite escura me contenta; Por ti o claro dia m'aborrece; Abrolhos me parecem frescas flores; A doce Philomela m'entristece: Todo contentamento m'atormenta Com a contemplação de teus amores; As festas dos pastores, Que podem alegrar toda a tristeza. Em mi tua crueza Faz que o mal cada hora dobrando.

Coração de mulher, qual Philomela,

floreja nas planicies, verdeja pelos montes; é o mez de Amor, é o mez de Philoméla. Aureo amanhece o dia suspirado da romaria annual; léguas em roda tudo é festa, esp'rança, e regosijo. As povoações, desertas. Por estradas, por torcidos atalhos, por oiteiros, correm de toda a parte ornados bandos.

Gonçallinho ia na esteira de Camões, que dizia nos Lusiadas: Ao longo da agua o niveo cysne canta, Responde-lhe do ramo philomela. Na varzea de Collares não faltavam agua, verdura, rouxinoes. Diogo Fernandes Ferreira explica a razão por que as quatro personagens da lenda foram metamorphoseadas n'aquellas aves.

Na Beocia e na Attica havia o mytho de Tereu com os de Progne e Philoméla, metamorphoseadas, a primeira em andorinha, a segunda em rouxinol. Na Thessalia, brotou a lenda dos Centauros, semi-homens e semi-cavallos, os quaes tiveram grandes combates contra os Lapithas. Um dos centauros, Chiron, teve por discipulos Asclepios e Achilles. Em Athenas, o heroe nacional era Theseu filho de Egeu.

O vento d'entre as árvores respira, Fazendo companhia ao claro rio; Nas sombras a ave garrula suspira, Sua mágoa espalhando ao vento frio. Toca, Frondelio, toca a doce lira; Que d'aquelle verde alamo sombrio A branda Philomela entristecida Ao mais saudoso canto te convida. FRONDELIO. Aquelle dia as águas não gostárão As mimosas ovelhas; e os cordeiros O campo enchêrão d'amorosos gritos.

a Philoméla do platano, e o hymeneu, andavam ainda tão longe e tão emboscados nas brenhas do futuro, que eu mesmo não ousava crer-lhes bem deveras na existencia.

Aqui me representa esta lembrança Quão pouca culpa tenho; e m'entristece Ver sem razão a pena que m'alcança. Que a pena que com causa se padece, A causa tira o sentimento della; Mas muito doe a que se não merece. Quando a roxa manhãa, dourada e bella, Abre as portas ao sol e cahe o orvalho, E torna a seus queixumes Philomela;

N'este momento a Philoméla, occulta na folhagem de um platano visinho, entoou um brilhante epithalamio, e o hymeneu fechou as cortinas purpureas do aposento.