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Devia ser vagarosa a extracção da obra, attentas as calamidades d'aquelles annos pestes, ameaças de guerra, pobreza do estado, corrupção de costumes, desavenças no paço, a preponderancia dos livros mysticos e o descahimento das letras profanas. A segunda edição do poema, no mesmo anno de 1572, em vista dos argumentos plausiveis do academico Trigoso , não é aceitavel nem sequer verosimil.

A flor da mesma, comida pela manhã com mel da mesma flor e um bocado de pão quente, faz muito bem á saude: nem deixa gerar sangue podre, nem o mal da gota; e se alguem tiver mal, essa herva lh'o tirará. O alecrim serve para afugentar todo o animal venenoso, e o seu fumo serve contra todo o mal e pestes.

Sim! adora a rude gente da lavoira, Sementeiras, gados, matagaes, lebreus, Porque não se esquece da vaquinha loira, Que se poz de joelhos ante a mangedoira, Quando nas palhinhas dormitava Deos... E por isso arreda pestes, ventanias, Fomes e procellas, bruxas e trovão, para malditas, negras penedias, Onde silvam cobras doudas e bravias, E onde não existe nem christão, nem pão!...

Os nossos santos padres consideram-n'os um dos meios mais efficazes da piedade. disse a glosa pondo o verso na bôca do sino: Laudo Deum, populum voco, congrego clerum. Defunctum ploro, pestem fugo, festa decoro... O que quer dizer, como sabem: Louvo a Deus, chamo o povo, congrego o clero, choro os mortos, afugento as pestes, alegro as festas.

Não o abandonarei, comtudo, sem primeiro ter salientado a minha persuasão de que o riso não se sumiu da face da terra, mesmo neste cataclísmico período em que horrorosas pestes aniquilavam provincias inteiras e por cada espaço de setenta anos havia quarenta de fome e se chegara a comêr carne humana.

Comprehende-se Alexandre morrendo de tristesa depois de conquistar a Asia, e Alarico depois de tomar Roma; comprehende-se Godofredo de Bulhões, com a sua herculea natureza que resistiu inalteravel ás fomes, ás sedes, ás pestes, ás guerras, a todas as tragedias da cruzada, sossobrando finalmente ao ter de embainhar a espada, e morrendo por ter chegado!

Na idade media, os tabardilhos, as pestes fulminantes; no seculo 16.º o verme roedor que desmedula os ossos através de vinte gerações que hão-de lembrar-se sempre de Colombo pelo mimo; no seculo dezenove, mais que nunca, a peste do Brazil, de que adoecem espiritos empinados em seu orgulho como o de Silvina e Francisca da Cunha.

Sendo a Provincia do Brasil considerada como melhor Colonia do Mundo, não se sentindo em toda ella nenhum dos flagellos da natureza, pois não terremotos, furacões, volcões, fomes, nem pestes; gozando de hum clima benigno, e, á excepção de poucas trovoadas, que servem de depurar o seu ár, e concorrendo todas as causas fysicas, com huma vegetação sempre activa, para fazerem a felicidade dos seus habitantes, não se poderia comprehender, o não ter chegado este bello paiz ao maior gráo de prosperidade possivel, se se não soubesse, que as causas moraes, podem tanto, ou mais que as fysicas, para deteriorar o melhor terreno.

Não eram justiça e festas que o rei lhes dava: era pão. Sabio administrador, juntava grandes thesouros; e esta noticia augmentava, ao medo e ao amor, o respeito por um rei tão bom. A brutalidade e o egoismo dos costumes medievaes traduzia-se a miude n'um flagello terrivel a fome, de que o pobre povo soffria sempre mais ou menos. A fome e as guerras geravam pestes.

Da gafaria para a cova, ameaçado por todos, na terra e no céo, o povo infeliz e faminto congregava-se em volta do throno protector, adorando o rei justiceiro e providente, inimigo das pestes, das guerras, das fomes, e sentia-se rico dos thesouros guardados nas torres do castello. Além d'isso, D. Pedro fartava-o. As suas folias não eram danças e musicas.