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Nem sempre encontraria amantes condescendentes como êle!... Uma caridade igual e tranqùila iluminava o quarto. Sôbre uma cadeira, amontoado e amachucado, estava o vestido da pobre flor de todos, tendo por cima o espartilho de setim côr de rosa que êle lhe havia ajudado a despir, na pressa violenta de aspirar o perfume de amor que a sua carne exalava.

Ergui-a com terna reverencia: e ante os olhos extaticos surgiu o sacratissimo embrulho de papel pardo, com o seu nastrinho vermelho. Ai que perfume! Ai! ai, que eu morro! suspirou a titi a esvaír-se de gosto beato, com o branco do olho apparecendo por sobre o negro dos oculos.

Ernesto, julgando que esse suspiro era uma confissão, levou aos labios a mão da donzella, imprimindo n'ella um beijo. Amparo estremeceu sem retirar a mão. Esta condescendencia animou o pintor. Vamo-nos separar, Amparo; não nos veremos durante tres mezes; necessito ouvir antes uma palavra que inunde de felicidade o meu peito, que deposite o perfume da esperança em meu coração. Tambem me ama?

Revendo-me nos olhos pardos de Laura que eu adorava, eram os teus olhos verdes que eu tinha n'alma! Os sentidos todos embriagados d'aquelle perfume de luxo e civilização que me cercava, era o nosso valle rustico e selvagem o que eu tinha no coração... Oh! eu sou um monstro, um aleijão moral devéras, ou não sei o que sou. Se todos os homens serão assim? Talvez, e que o não digam.

Todo o mundo da sua actividade intellectual, concentrada e profunda, havia passado , mas elle resuscitava-o, nas suas cogitações luminosas, tão vivo e tão perfeito, como se a idade-média, que de preferencia amava, fosse um ramo de flôres, de que pudesse sentir ainda o perfume longinquo.

Os tumulos de Ignez de Castro e D. Pedro Aqui temos pois deante de nós, como dois lyrios brancos de marmore, os sarcophagos de que parece exhalar-se, como um perfume fugitivo, a lenda medieval d'essa grande catastrophe amorosa.

Parámos n'um banco, junto d'uma trepadeira de rosas; e ahi, no silencio e no perfume, narrei a camisa funesta da Mary, a Reliquia no seu embrulho, o desastre no Oratorio, o oculo, o meu quarto miseravel na travessa da Palha... De modo, Chrispimzinho da minh'alma, que aqui me encontro sem pão!

A piedade, a dôr, remorso e , perdão, esperança, a esmola e a contricção, e a ilusão e a mágoa e o desengano, tremores da consciência que dúvida, as lágrimas de afecto e aquelas outras, candentes e de fogo, em que o êrro chorou arrependido; e o silêncio, que eu temi, que eu amei e que busquei para todo me entregar ao seu poder; e a mudez que diz mais que a voz mais alta, e a sedução da morte, quanto anseio a minha alma pressentiu; e quanta formosura nos afaga e quanta sombra nos aterra e prostra, a água clara do regato límpido, a luz do dia, a verdura do prado, e toda a austeridade da montanha, severa, grande e rude, imperturbável, e o inflamado terror da tempestade, e o mar e as suas ondas tormentosas, e os pômos rescendentes de perfume; a rosa, e a criança; e os olhos que fascinam; e a graça que incarnou na juventude, e a nobreza que é a graça de velhice: venceram-me, prenderam-me!...

O velho heroe apertou-me um momento ao peito, e conduziu-me logo, segundo os usos chinezes, ao banho da hospitalidade, uma vasta tina de porcelana, onde entre rodelas finas de limão sobrenadavam esponjas brancas, n'um perfume forte de lilaz... Pouco depois a lua banhava deliciosamente os jardins: e eu, muito fresco, de gravata branca, entrava pelo braço de Camilloff no boudoir da generala.

Agora, me assoberbava a memoria, tudo o que dissemos, pensamos, e esperamos. Como longinqua musica, trazida na viração do mar, soava-me nos ouvidos o cantar de suas palavras; como emanação de flôres que se evapora com o orvalhar das noites, deliciava-me o olfacto, o perfume de sua cutis olorosa; como bafejo de primavera, perpassavam-me nos labios os effluvios de seus beijos.

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