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Á noite, nas esfolhadas, quando o luar é môrno e as flôres têm um perfume mais intenso, corriam um atraz do outro, batiam-se fortemente, e cahiam ás vezes sobre a palha ainda quente do sol, com um cheiro sêco que entontece.

A mulher carinhosa e pura é como uma flôr sem perfume.

Lyrios, que abrindo o seio ao osculo amoroso Da luz que envia o sol da abbobada azulada, Mandaes-lhe o vosso olor no ether luminoso, Como o habito subtil d'uma alma enamorada: A musica e o perfume Que desprendeis, votae A quem em si resume O mundo inteiro e é Pae!

Aqui me abria os braços de veludo, a poltrona onde ella se assentava tantas vezes; ali a molle pegada do seu sapato, no coxim em que ella descançava os pés; acolá, resequidas, nos vazos chinezes, desfolhando-se tristemente, as flôres que ella amava; além, as cortinas que ella tantas vezes levantava com sua mão timida; ali, se move ainda o pendulo do relogio, para o qual ella estava olhando sempre; aqui, o véo d'ella, aqui as cartas, seus dôces reflexos; além, o pente embalsamado com o perfume dos seus cabellos; e acolá, finalmente, frio e cerrado como um tumulo, o leito onde tantas vezes chorávamos.

Temos a nosso lado filhos homens, e netos que ámanhã serão homens: e, todavia, parece que ainda hontem com um raio de sol e com o perfume de uma roza compunhamos o sorriso da loira mãe d'estes homens, que está hoje velha! Ainda hontem eramos poetas pelo amor, affoitos pela aspiração, valentes pela mocidade.

Numa tarde quieta e quente, como estivessem juntos e Renée tivesse ao cólo um livro que interessava André e de que lhe explicava uma passagem, elle inclinou-se mais sobre o seu braço, quasi a tocar-lhe na musselina transparente da blusa, poude sentir o perfume brando e sensual e, interrompendo mademoiselle, perguntou-lhe bruscamente: Que perfume usa?

O perfume camoeano que o impregna deliciosamente, a tristeza dulcissima, que elle respira, e a melancolica circumstancia de ser o ultimo que cahio, como uma perola solta, da lyra quasi partida do poeta moribundo. Eis o soneto: Na quadra azul da mocidade, a gente Parte rindo e cantando, estrada fóra, Gorgeia a cotovia em cada aurora, Suspira á noite o rouxinol dolente. Ai!

Aqui tambem as flores Tem perfume e matiz; tambem vicejam Rosas no prado e pelo prado adejam Zéfiros brandos suspirando amores: Tambem ca tem a terra seus primores; Pelos vales as fontes rumorejam; Tem a noute seus sopros, que a bafejam, E o ceu tem sua luz e seus ardores. Em toda a natureza ha amor e cantos, Em toda a natureza Deus se encerra... E comtudo esta é a causa de meus prantos!

Como vêm, a inspiração de Rodin participa do que mais agudo tem a observação da vida real, da vida verdadeira em todas as suas manifestações e fórmas physicas, e de tudo que mais alto e subtil tem a poesia das cousas e que d'ellas se destaca como um perfume inebriante, capitoso e perturbador!

Não ja a mesma Joanninha de ha tres annos, não a mesma imagem que elle trazia, como a levára, no coração; mas uma gentil e airosa donzella, uma mulher feita e perfeita, e que nada perdêra, comtudo, da graça, do incanto, do suave e delicioso perfume da innocencia infantil em que a deixára!

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