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Todas as noites eu pensava, que no dia seguinte beijaria a boca perfumada. E todas as manhãs via cair a minha esperança, como as folhas murchas que o vento sacode dos ramos seccos. «Certamente que as minhas palavras deviam ser perturbantes, porque sahiam d'um coração perturbado. E, pesadas de tanto amor, cahiam da boca vagarosamente.

Mas a noite dormente e esbranquiçada Era uma esteira lucida d'amor; Ó jovial senhora perfumada, Ó terrivel creança! Que esplendor! E ali começaria o meu desterro!... Lodoso o rio, e glacial, corria; Sentámo-nos, os dois, n'um novo aterro Na muralha dos caes de cantaria. Nunca mais amarei, que não me amas, E é preciso, decerto, que me deixes!

A casa de Pilatos e as suas penumbras em que esmaecem estuques e o patio claro de marmores harmoniosos ouviram as palavras aladas que lhe disse; diante das Assumpções do Murillo e dos frades de Zurbaran, no museu deserto, contei-lhe o poema do meu desejo; na Caridad, a mostrar-lhe a estatua de Herrera, ouviu a perfumada e embaladora cantilena.

E agora parte, accrescentou ella, erguendo-se com inesperada resolução, vae conquistar um nome glorioso; a benção de Deus vae comtigo, porque os nossos anjos da guarda, abraçados e de joelhos ao do throno do Senhor, rogarão a Deus que proteja os esposos, cuja união foi abençoada pelo Crucificado, saudada pelos canticos da alvorada, perfumada pelos thuribulos das flôres, illuminada pelos raios do sol nascente!

A mulher de hoje, a mulher educada por este acanhado ideal que a domina, funda o seu fragil poder nas graças fugitivas da sua formosura, no encanto juvenil da sua vivacidade, na sua elegancia, no seu riso frivolo e pueril, no esplendor radiante do seu luxo, na sua convivencia inutil e perfumada como a das flôres!

E dizer que minha mulher está aqui perto de mim, exclamava elle, que acaba de entrar vinda d'um baile, perfumada como uma rosa e bella como uma Venus, e que eu não ouso entrar no seu quarto, e que se tal ousasse ella me acolheria com um sorriso de piedade!

Nas paredes estão, nas preciosas telas, Pintados menestreis, pastoras e guitarras, Debruçam-se os jasmins nas grades das janellas, E os lyrios, como uns ais, morrem nas finas jarras. Tudo agonisa ao , n'aquella solidão!... Solidão de mulher distincta e perfumada! Cuja pelle é talvez mais fina que a pomada, E as farinhas d'Italia e as sedas do Industão!...

E a lua balouçava-se entre as estrellas, nas alturas do ether. E a brisa do oceano, perfumada de marisco, brincava na praia com a folhinha secca da alga. E o rouxinol do silvedo trinava a sua cavatina cadenciosa, e sacudia as plumas affagadas por um raio de lua.

Mas julgaes vós agricola sómente A mão do creador omnisciente? Pergunta singular! Basta vêr a ondeada trança Com que elle adorna a virgem que vos lança O seu primeiro olhar! A terra é de côr varia, a planta, verde: Porque e para que? O que se perde Em ter tudo uma côr? O que se ganha em ser tão bem pintada, Symetrica, mimosa, perfumada Uma ephemera flôr?

N'este degredo nosso, Que tanta gente estima, E eu, porque não posso, Não largo e vou cima. Vem tu baixo, abala, Deixa em podendo o collo Tão terno que te embala, E vem-me dar consolo. Como essa imagem pura Ah! sobrevive ao nada E escapa á sepultura, Tão fresca e perfumada! Nunca uma noite eu deixe De estar a vêr que existes, Em quanto me não feche O somno os olhos tristes.

Palavra Do Dia

stuart

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