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Não posso perdoar-lhe sem que a providencia me desopprima do vexame do meu opprobio! Seria generosidade havel-a matado... interrompi. «Bem sei redarguiu elle bem sei. Ella soffria cinco minutos de castigo, e eu ficava soffrendo uma vida inteira de vergonha. Eram supplicios incomparaveis!
Quando porém dobra o cabo de mais da metade do prazo provavel que tem de passar na terra, e para adiante alarga a vista, vê estreitar-se o espaço, e fulgurar-lhe perto o espectaculo da morte, a sepultura cavada no chão, o somno derradeiro... ai!... infeliz!... Precisa de religião que lhe allivie o peito, de fé que lhe alimente esperanças, de crença firme na eternidade e na misericordia divina, que unica póde perdoar-lhe os crimes!
Sinto sincera misericordia de si, pode acredital-o. Ella só me obriga a perdoar-lhe algumas impertinencias, nem sempre demasiado delicadas, com que me mortifica. Está sendo tão amavel!... Perdôe, mas a sinceridade tem d'estas exigencias. Curvo-me perante as exigencias da sinceridade. Continue, prima Magdalena.
Se esse homem, que fez a sua desgraça, que lhe roubou filho, haveres, e por ultimo a razão, debruçado sobre a sepultura, lhe extendesse a mão supplice e arrependida, implorando lhe o perdão para sua alma, que lhe faria? Perdoar-lhe tudo, para que Deus tambem me perdôe os meus peccados, respondeu ainda D. Marianna. Perdôa-me tambem, Manuel de Mendonça? disse o conde.
Perdoar-lhe para amal-o dizia ella na sua consciencia isso nunca, em quanto a mão de Deus me não desamparar, mas perdoar-lhe para que a justiça divina se aplaque; oxalá que a sua felicidade dependesse do meu perdão, que tão recommendado me foi pelos dous anjos que fallam do ceo... Assucena acreditava no seu consorcio espiritual com as almas do conego, e de sua irmã.
D'estes interrogatorios resultou um decreto em que se dizia que o marquez, arrependido de tudo, pedira perdão; pelo que havia por bem a rainha perdoar-lhe, attenta a avançada idade e grandes enfermidades, os castigos corporaes que elle merecia. O decreto tem data de 16 d'agosto de 1781. O marquez de Pombal, de joelhos, pedindo perdão!
O senhor não tem culpa nos meus infortunios. Ha de sempre lembrar-me que levou o dinheiro ao desgraçado, e que lhe deu um bocado de pão, quando elle disse que tinha fome... Ouça-me... Onde está Luiz? Não sei, senhora. Pois eu quero vêl-o para perdoar-lhe... O seu perdão não melhora os infortunios d'elle. Deus é que perdôa... Sim, sim, Deus...
Perdoar-lhe?!... O quê, meu sempre amado pae?!... O ter-me dado esta alma, que é sua, e que me faz grande aos meus proprios olhos?!... O ter coberto a minha infancia e mocidade dos maiores e dos mais carinhosos extremos?!... O haver-me dado uma educação de fazer inveja aos mais poderosos da terra?!... O tornar amênos e felizes os dias da vida de minha santa mãe?!... O ter vertido lagrimas de sangue pela chamada culpa que me deu vida e felicidade?!...
«Perdoar-lhe!...» repetia Chalinhy, concentrando n'esta especie de suspiro todos os sentimentos tão contradictorios que o agitavam: o horror de ter sido a causa, muito involuntaria, mas a causa, em todo o caso, d'esta crise ultima a que o moribundo tinha succumbido, a revolta sempre fremente da sua honra contra a revelação que lhe fizeram a respeito da mãe; uma emoção violenta, á idéa de que, ali, dentro d'aquelle pavilhão solitario acabava de morrer aquelle que sua mãe amou e que lhe deu o ser, um reconhecimento augmentado constantemente pela esposa mal apreciada e trahida, sim, que elle trahiu como sua mãe tinha trahido o velho Chalinhy.
Eu quero que Assucena se lembre de Luiz da Cunha para perdoar-lhe no seu coração, conversando com Deos, se os infortunios d'esse homem forem taes, que possam attribuir-se a expiação do crime em que Assucena foi a primeira victima. Perdoar-lhe... eu! Não gosto d'essa exaltação de cólera, filha. Em quanto ella existir, não está cauterisada a ferida. Eu vou experimental-a.
Palavra Do Dia