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A materia que então mais se discutia era a demencia do principe regente, causada por soffrimentos dos que tornam ridiculo um marido, ainda que o motivo seja mais para compaixão que riso. Fallava-se na morte violenta de José Anastacio, em Mafra, empeçonhado por ter sido o espia e delator da conspiração urdida contra o principe, em Arroios, n'uma casa da condessa de Alorna, que emigrara para Inglaterra, descoberta a conjuração. Os rumores surdos contra os pedreiros-livres indicavam os individuos suspeitos, mórmente depois que o escriptor publico Hippolyto da Costa fugira dos carceres da inquisição, que lhe foram abertos pelo braço poderoso da maçonaria. Hippolyto, auctor, depois, do Correio Braziliense, devia a liberdade á embriaguez dos guardas e á astucia d'elle; convinha, porém, ao governo simular-se assustado do poder da maçonaria para encruar contra os suspeitos a sanha da plebe.

D. Rodrigo de Sousa Coutinho era um astuto politico, sabia conhecer os parvos pavores do intendente geral da policia, e amava bastante a pasta para contrariar as suggestões do principe regente, que tremia dos pedreiros-livres, quando não tremia das conspirações da filha de Carlos IV.

A hoste do sr. Joãozinho sentiu-se reanimar com este refôrço. Um grito unisono saiu dos labios de todos ao ver a procissão. Viva o missionario! Viva o santo! Abaixo os pedreiros-livres! E os do bando do estandarte correspondiam a estas saudações, dizendo: Abaixo os maçonicos! Morram os jacobinos! Viva a santa religião!

Faz-se fidalga! disse o sr. Joãozinho, despeitado. Pois não anda bem. O missionario inclinou-se ao ouvido de um homem do povo que, depois de escutal-o, bradou: Abaixo com o tumulo dos pedreiros-livres. Abaixo!... repetiram muitas vozes. Pois abaixo! repetiu tambem o sr. Joãozinho, adeantando-se com o machado. Para traz! exclamou outra vez Magdalena, trémula de exaltação.

Pois não, não; elle está alli, está na rua. Diz-se que o soltam á fiança. Não pode ser; aquelle crime não tem fiança ponderou um fazendeiro, que se tinha por muito visto em demandas e coisas de justiça. Ora adeus! com o que vossê vem! Querendo elles... Aquillo parece uma seita. E ainda ahi está? Pois se sabe que elles são pedreiros-livres. E o tal lisboeta? Esse, então, é que é d'aquelles!

A questão dos pedreiros-livres revirou os projectos do bacharel portuense. Nova ideia lhe acudiu, quando principiava a mortifical-o o receio de não poder supplantar um frade benedictino bem aparentado, que se dizia ser pae de Francisco Salter de Mendonça.

Ninguem se enterra aqui! Esperem! Isso não vae assim! Não façam a festa sem nós! Fóra com os do cemiterio! Morram os pedreiros-livres! Para a igreja! Enterre-se na igreja! Olá, sr. abbade, espere por nós! Aqui vamos para abençoar a cova! E n'um momento o cortejo funebre viu-se rodeado de figuras avinhadas, gesticulando e vociferando pouco tranquillisadoramente.

Verá o que succede ao clero regular que foi, aos benedictinos, aos augustinianos, aos oratorianos. Referindo-me á congregação do Oratorio, não falo do pequeno hereje ruivo, o terrivel padre Pereira de Figueiredo. Esse tem de ha muito recebido o seu quinhão de anathemas maranathas. Tudo pedreiros-livres. Os reaccionarios hão-de provar até a evidencia que o artigo 6.º da Carta não diz o que diz.