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Botelho, que ainda então os poetas, por obrigação de seu officio, se desbaptizavam do nome christão, íam em espirito pastorear á velha Grecia, e voltavam de não poetas, mas pastores e vates. Procurei, Senhores, lembrar-vos quão extensos foram os trabalhos poeticos do Sr. Botelho.

Ao romper d'alva os cavalleiros do Lidador saíam mais de dous tiros de bésta alem das velhas muralhas de Béja; tudo, porém, estava em silencio, e aqui e alli as searas calcadas davam rebate de que por aquelles sitios tinham vagueado almogaures mouros, como o leão do deserto rodeia pelo quarto de modorra as habitações dos pastores alem das encostas do Atlas.

E no tronco de huma árvore estara, N'huma rude cortiça pendurado Escripto co'huma fouce, e assi dirá: Almeno fui, pastor de manso gado, Em quanto o consentio minha ventura, De Nymphas e pastores celebrado. Se algum dia, por caso, na 'spessura Se perder o amor e a affeição, Tirem a pedra desta sepultura, E em figura de cinza os acharão. FRONDOSO e DURIANO.

Assi cantavão ambos os cultores Do monte e praia, quando os atalhárão; A hum pastores, a outro pescadores. E quaesquer a seu Vate coroárão De capellas idoneas e formosas, Que as Nymphas lhes tecêrão e ordenárão: A Agrario de murtinhos e de rosas; A Alicuto d'hum fio de torcidos Buzios, e conchas ruivas e lustrosas.

Não vos pois isso pena, Ter assim a côr morena: Minha mãi mandou-me pôr, Por culpa de meus irmãos, De guarda á vinha, o calor Queimou-me o rosto e as mãos: E eu, a vinha, é escusado Dizer-vos que nem eu tinha Senão agora o cuidado De estar a guardar a vinha. Ah! para que banda vás Com o gado, meus amores! E pela folga onde estás! Bem vês os outros pastores, E a gente não adivinha.

Tu és altinha como eu, embora Eu seja um homem e tu uma criança! Tanto que ao irmos pela estrada, agora, Ouvi dizer: «Que lindo par de FrançaTeus olhos são dois ceus. E nelles leio O que nos outros lêem os pastores: Estrella da manhã dos meus amores! Sete estrello que vaes do ceu em meio! Ai que saudade! O amor das Extrangeiras!

Pastores deste valle ameno e frio, Que de Tionio o caso desastrado Quereis nas altas serras que se conte; Hum tumulo, de flores adornado, Lhe edificai ao longo deste rio, Que a vela enfreie ao duro navegante: E o lasso caminhante, Vendo tamanha mágoa, Arraze os olhos d'ágoa, Lendo na pedra dura o verso escrito, Que diga assi: Memoria sou, que grito Para dar testimunho em toda parte Do mais gentil Esprito Que tirárão do mundo Amor e Marte.

O rapaz viria a ser, na freguezia, o filho do parocho... Algum invejoso, que lhe cubiçasse a parochia, poderia denuncial-o ao senhor vigario geral. Escandalo, sermão, devassa: e, se não fosse suspenso, poderia como o pobre Brito ser mandado para longe, para a serra, outra vez para os pastores... Ah! se o fructo nascesse morto! Que solução natural e perpetua! E para a criança, uma felicidade!

Podeis fazer tambem que o mundo veja Soar na ruda frauta o que a sonora Cithara Mantuana merece. Ja agora me parece, Que podem começar os meus pastores A cantar seus amores. Porqu'inda que presentes não estejão As qu'elles ver desejão, Mudança de lugar, menos d'estado, Não muda hum coração do seu cuidado.

Por ti do manso gado, Como de mi, não curo, Por não fazer offensa a teus amores. Os jogos dos pastores, As lutas entr'a rama, Nada me faz contente: E sou ja do que fui tão differente, Que quando por meu nome alguem me chama, Pasmo, porque conheço Qu'inda comigo proprio me pareço.

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