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E haverá governo que queira achincalhar-se com o cognome de lavrador?! Não será mais bonito appelidar-se antes banqueiro, accionista, director de qualquer cousa, jornalista, litterato, e até mesmo... pastelleiro?! Escolham, escolham... mas vejam que da escolha depende o futuro da patria.

O segredo picava-me a curiosidade; todavia, o coração era o que menos treguas dava á minha ancia. Ao escurecer desse mesmo dia passei no Pastelleiro. Vi, de relance, Felismina através da vidraça. Levei ainda a mão ao chapéo para cortejal-a; mas ella não esperou a cortezia.

Feito o escrutinio, os votos a favor da resurreição tinham a maioria. Proença resolveu arrancar sua mulher dos limbos, e para isso mandou á provincia o medico e a liteira. Leocadia, como vimos, é conduzida ao Pastelleiro, e espera ahi tres mezes a primeira visita de seu marido, depois de ter assignado algumas procurações, cuja significação ella não entendeu.

Muita gente cuida que o meu namoro com a mysteriosa senhora do Pastelleiro ha-de ser um conto muito bonito, em que eu hei-de dizer cousas muito galantes, em que ella ha-de fazer tregeitos de pudicicia, até que finalmente acabemos ambos por nos adaptarmos ás formulas vulgares d'uma rotineira paixão das que morrem no inverno, se nascem no verão ao d'um pinhal, cuja poesia não resiste ás primeiras nortadas de Outubro.

Os americanos do norte são antes temidos do que estimados. Os italianos são todos pastelleiros ou tenores; é a opinião dos portuguezes que dou aqui, não a minha. Mas é uma opinião perfeitamente estabelecida, e qualquer que seja a posição social d'um italiano que chega a Portugal, será considerado por todos como um pastelleiro que fez fortuna, ou como um tenor em procura de escriptura.

Que Felismina era victima, isso estava provado. Cumpria-me resuscitar os brios cavalleirosos que o ominoso romance de Miguel Cervantes matára com a zombaria? Cumpria-me offerecer o meu braço, debil instrumento d'uma alma forte, á opprimida emparedada do Pastelleiro?

E por isso aquella mulher do Pastelleiro entrára em minha alma, vaga de tres mezes, porque houvera ahi na face da terra uma virgem reféce e treda que se vendera a um paparreta rico, vindo não sei d'onde, com anneis de brilhantes em todos os dedos das mãos, e joanetes enormes em todos os dedos dos pés... que pés, meu querido padre Santo Antonio! não eram pés; eram miniaturas da Roma das sete collinas gravadas em couro!

A liteira, depois de sete dias de jornada, parou no alto de S. João da Foz, no sitio do Pastelleiro, onde eu, João Junior, encontrei Leocadia para ouvir de seus labios convulsos de gemidos essa historia triste, que eu tive a impiedade de conspurcar com algumas facecias de estragado gosto.

O Matta cosinheiro, o Matta pastelleiro, o Matta artista, o Matta do Chiado emfim, como lhe chamam. Elle tem um avental branco. Para elle, o avental branco é tudo. Não sei que lhes faça.

Em 1835, a 22 d'Agosto, ás 7 horas da tarde, pouco mais ou menos, passeava eu, com a imaginação pelos mundos ideaes de Platão, e os pés sobre o terreno saibroso de um cerrado pinhal, no sitio do Pastelleiro, nos suburbios de S. João da Foz. Distrahidamente, de vez em quando, passeava a vista pelas cinco janellas hermeticamente fechadas d'uma casa de campo, pintada de fresco a ocre.