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"Sou doido... passeio em sitios êrmos, Através dos pinhaes, á luz da lua Que traz, no seu palôr, delidas manchas De phantasticos montes e desertos, Silencios de outro mundo, soledades De paisagens defuntas que o Remoto, Com suas mãos de sombra, amortalhou. "Amo o Silencio, o Luar, a Solidão... Sim, porque sei falar ao meu espirito Que me fala e contempla... e é outro Sêr...

Abriam, simultaneamente, as grandes flôres geladas e luminosas das lampadas electricas. Rapidos, fulgiam os americanos. Outra vez a mulher passou, mais indeciso o vulto, apenas destincto o palôr da face branca no coupé escuro. Porque teria vindo , essa mulher? perguntou Roberto, colerico. Conhecel-a?

Almas de velhinhas, do palor silente D'uma estrella, quando desmaiando está... Vão buscar alivios p'ro netinho doente, Vão pedir noticias d'algum filho ausente, Vão rogar a Gloria para os mortos ... Almas de meninos, loiras como abelhas, A sorrir ao colo d'almas a cantar... Almas em noivados, roseas e vermelhas... E almas de pastores ofertando ovelhas, Chocalhinhos d'astros, velos de luar...

Nunca illudir-vos pensei! De que servem esses gabos, Essa idéa presunçosa? Esquecestes esta maxima: « modesta, não vaidosaPeregrina luz da lua, Como é velho o teu palor! Mas, como tu, sempre encanta, Velha embora, a luz do amor! Oh! consente-me num somno Dormido ao terno embalar Da poesia que se evola Do teu mimoso afagar! No calor do teu regaço Que sonhos devêra ter!

Que o estudo das mathematicas seja avesso á poesia pequenina, lymphatica, entanguida e constitucional que por ahi nos ministram quotidianamente, não serei eu que o duvide, que com as mathematicas me lavei da ridicula monomania de fazer versos ao palôr da lua, ás brisas, á alvura dos lirios, á modestia das violetas e a outras especies similhantemente insipidas; mas que o seja a poesia digna de tal nome, a este lyrismo interior, a este santo enthusiasmo que produz nas almas a sublime loucura do genio, não creio, nem o meu amigo o póde crêr tambem, porque a poesia assim comprehendida é a manifestação da intelligencia no seu estado de graça.

A Arvore mais esguia ao palor do luar, parecia transformada. Acenavam-lhe os ramos e que voz era aquella, fina e meiga, que o chamava?.... Ou seria agua nascendo ou um fio de luar a correr? Desceu tres a tres os degráus e eil-o no quintal. Vestira o luar a Arvore e sob a magia da noite a eclosão fizera-se.

Com a sua figura grácilmente exangue de fim de raça, com a sua voz que ora parecia +ter remorsos de falar+ voz de himoptise, a extinguir-se; ora fazia parar na rua, no mosaico dum café, no simulacro de gruta dum +hall+ de exposições, onde certos visitantes vão e veem como peixes mortos boiando á flôr d'agua duma piscina, fazia deter, com timbres angulosos de cristaes a partir-se, anatomias ruminantes de bons-senhores +effarés+; com o seu perfil de caule em que as andainas-sacos de +kappelmeister maniaco, +acintosamente+ mal aprumadas, evocavam cerimoniaes mysticos de catafalco; com os seus cabelos dum castanho tranzido de escuro, dir-se-iam molhados sobre a fronte dum palôr de camelia branca, como aves da noite que congelassem contra uma estatua de ephebo num jardim; com os seus gestos hiperinquietos, estridentes, chariváricos, +ilustrando+ os dialogos com a vertigem dum Claude Monet fixando na téla o bailado loïe-fulleresco dos tons; Santa Rita era a demonstração viva, a contraprova faiscante deste aforismo de Baudelaire: «on peat vivre trois jours sans pain, mais on ne peut passer um jour sans poésie.+»

E os tres, unindo a voz n'um ai supremo, E deixando pender as mãos cançadas Sobre as armas inuteis e quebradas, N'um gesto inerte de abandono extremo, Sumiram-se na sombra duvidosa Da montanha calada e formidavel, Sumiram-se na selva impenetravel E no palor da noite silenciosa.

Para deixarem a espada... Raia a nova claridade, A aurora da liberdade, D'um proscripto no palor! O povo toma as espadas, Meias gastas e olvidadas, Sobre as campas dos avós: E, ainda vestido de , Com esforço sobrehumano, Ergue os hombros... e o tyranno Treme... nuta... eil-o no !... Quem derruba, sobranceiro, Altos colossos por terra? Quem é que faz d'uma guerra A festa do mundo inteiro?

Nos corsos da Italia passeou em cavallos inglezes; em Veneza poetisou, no Grande Canal, pelas noites claras, sentindo humidade e paixão, até que aos dezoito annos voltou a Lisboa sempre a mesma palôr na face, os mesmos olhos tristes e boca exangue. O marquez aprestava o seu casamento com Violante Cerquedo, filha dos condes de Cerquedo.

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