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Sentiam o bater das asas de um passaro que principiava a voar pelas casas apenas se apagavam as luzes; ouviam-o arquejar e bufar approximando-se cada vez mais dos que estavam deitados, pairando tão rente das camas que se lhe sentia o estremecer das pennas, o calor de lume que elle deitava do bico e ao mesmo tempo o frio de neve que fazia a mover as azas!

Nenhum pastor subira com o rebanho áquellas cumiadas, sempre escondidas na negridão da nevoa, e perigosas se o lobo uiva faminto. Quando o tempo estiou, quem denunciára o cadaver disforme no rosto fôra uma revoada de corvos que crucitavam pairando sobre os restos do seu banquete disputado ás feras. Contava-se assim o caso em Famalicão.

Eil-os, o bando immundo dos gafados, á capa, pairando ou remando a medo, de manso, de manso, silenciosamente, e prescrutando as trevas. Se ia passando algum tanka, os ouvidos subtis e os olhos experimentados, estudavam, presumiam, adivinhavam.

No ceu da minha existencia Pairavam tranquillamente Dois flócos de nuvem, que era Como o fumo transparente... Andavam pairando assim Despreoccupados os dois, Para ao sopro d'uma aragem Se desfazerem depois... Fumo illusorio que sobe Mansamente pelo ar E que se esvae n'um instante P'ra nunca mais se juntar... Ó minha irmã!...

E eu então, que não tenho sentimentos Senão os que a desdita me deixou, Sinto que dentro em mim ora soou Alguma coisa , e não sei quê D'extranho, a confirmar a crença e Que ha pouco me assistia, suspeitando De que, por aqui, não anda pairando O mal... Henrique Mas... como assim?! Se tal suspeita, Vae muito brevemente ser desfeita Ante o espelho fiel, e reflectir... Arminda

Da sombra das visões crepusculares Rompendo, um dia, surgireis radiosas D'esse sonho e essas ancias affrontosas, Que exprimem vossas queixas singulares... Almas no limbo ainda da existencia, Accordareis um dia na Consciencia, E pairando, puro pensamento, Vereis as Formas, filhas da Illusão, Cahir desfeitas, como um sonho vão... E acabará por fim vosso tormento. Voz interior

MARIA perseguindo-o: Ha de falar-te, Judas, Á tua consciencia abjecta! JUDAS tentando occultar o rosto: Não me illudas, Que eu nada vejo! MARIA erguendo o braço: Vês pairando sobre ti O Remorso, o fantasma eterno!... JUDAS que seguira com o olhar o movimento de Maria, fixa-o na muralha, e apontando tambem, trémulo, allucinado: Ali! ali! Co'aquelle olhar azul que a morte mais esfria!

Ella não sabia que estava sósinha no mundo; a pomba não tinha a aza maternal sob que se occultasse, quando viesse o abutre pairando para arrebatal-a. Ria, descuidada. A graça com que saltava! Parecia um pequeno gato quando brinca.

Mas, dize-me tu uma cousa, Jenny: que faria ou que diria a boa fada se, pairando sobre a praia, um dia, em que as marés não fossem vivas, nem o mar ameaçasse devorar a piedosa familia... que faria ou diria ella, se encontrasse os tres formando o cacho vivo da imagem, tão ridiculo n'esse caso, como tocante nas condições, em que o considera a lenda?

Presinto que a Desgraça estende o negro manto E deixa a descoberto a sanguinaria tunica, Pairando sobre ti mais proxima que outr'ora Presinto que o teu rosto, onde sorri ventura, Em breve deixará de ser como é a aurora, Tornando-se, meu Deus! em grande noite escura! Mostra-te para mim bondoso e esmoler: Escuta-me, Senhor!

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