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E logo á terça seguinte, como el-rei comeu, a cabo de uma hora, deixou sua mulher, que não valeu rogo nem lagrimas da rainha Dona Maria sua madre, nem da rainha de Aragão sua tia, que o pudessem ter que se não partisse, e levou tal andar que foi essa noite dormir á aldeia de Pajares, que são dezeseis leguas de Valhadolid, e em outro dia chegou a Montalban, onde estava Dona Maria de Padilha.

E todos aquelles senhores lhe mandavam dizer que prestes eram para o servir e fazer seu mandado, com tanto que tomasse sua mulher, e vivesse com ella e não regesse o reino pelos parentes de Dona Maria de Padilha, nem os fizesse seus privados: e el-rei não quiz cair em tal preitesia.

E emquanto os mensageiros foram tratar este casamento, tomou elle por manceba Maria de Padilha, que andava por donzella em casa de Dona Isabel de Menezes, filha de Dom Tello de Menezes, mulher de Dom João Affonso de Albuquerque, que a criava. E tal vontade poz el-rei n'ella, que não curava de casar com Dona Branca quando veiu, tendo da outra uma filha que chamavam Dona Beatriz.

E mais diziam, que este feito queria parecer semelhante a el-rei Dom Pedro de Castella, que posto que, elle mandasse matar Dona Branca, sua mulher, em quanto Dona Maria de Padilha foi viva, que elle tinha por sua manceba, nunca lhe nenhum ouviu dizer que ella fosse sua mulher, e depois que ella morreu, em umas côrtes que fez em Sevilha, alli declarou, perante todos, que primeiro casára com ella que com Dona Branca, nomeando quatro testemunhas que foram presentes, os quaes por juramento certificaram logo que assim fôra como elle dizia, e desde então mandou elle que lhe chamassem rainha, posto que fosse morta, e aos filhos infantes; e fez logo a todos fazer menagem, a um filho que d'ella houvera, que chamavam Dom Affonso, que o tomassem por rei depoz sua morte.

O mestre partiu-se, e foi vêr Dona Maria de Padilha e as sobrinhas, que estavam em outra parte dos paços, e d'alli se veiu ao curral onde deixara as bestas, e não achou ahi nenhuma, assim fora mandado aos porteiros.

Além destes irmãos, teve uma meia irman, D. Joanna de Castro, que, depois de viuva de D. Diogo, senhor de Biscaia, casou com D. Pedro, o Cruel, rei de Castella, depois da morte de Maria Padilha.

E mandou-a logo de Sevilha, e com ella Martim Lopez de Trujillo, um homem de que elle muito fiava, e mais certa quantia de dobras que deixara a esta infante Dona Maria de Padilha, sua madre, com joias, e aljofar, e outras cousas.

E el-rei mandou-o segurar: não se fiaram do seguro, e houveram de pelejar com el-rei, que sahiu a elles. Depois, foram de accordo com elle, e ficaram em sua mercê. Casou el-rei com Dona Branca, e deixou-a em outro dia, e foi-se para Dona Maria de Padilha. E d'essa idéia foi desavindo d'elle Dom João Affonso de Albuquerque que governava a casa d'el-rei.

E elle teve ordenado de mandar matar Alvaro Gonçalves Mourão, e Dom Alvaro Perez de Castro, irmão de Dona Ignez, madre de Dom João e de Dom Diniz, filhos de el-rei Dom Pedro de Portugal, sendo então infante; e foram percebidos por Dona Maria de Padilha, que lh'o mandou dizer, e assim escaparam de morte.

Outras deixaram-se ficar na praia do Caneiro á espera dos dois melhores espectaculos que os mirones apanhavam: o banho do fidalgo Padilha, que entrava no mar preso por uma corda, e o banho da Cacilda, filha do banheiro Leão, que nadava para o mar largo. Foi pelo Henrique da Perzigueda, o qual eu vi morrer annos depois n'um sótão da rua de S. João Novo, que travei relações com o Muxagata.

Palavra Do Dia

stuart

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