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Ouça, senhora: Creio bem que, ante força vingadora, Me encontro n'esta salla; e é bem certo Que, seja p'lo que for, eu desperto Mais ou menos da minha inconsciencia, Para crêr que pratico irreverencia Encontrando-me n'estes aposentos.

Negro como o lethargo do cypreste, Rosna o vento nas franças macillentas, O sol dardeja n'um pallor agreste Que enthusiasma as nuvens corpolentas. A luz crua p'lo espaço se derrama, Engrossam os trovões em alcateia, Rutila do corisco a alegre flamma. A presa que o milhafre saboreia

De repente partiu-se a fita e adeante começaram a dar pateada. Depois comecei a sentir muito frio no hombro direito, tinham-se esquecido de fechar a janella. Vinha muita gente a fugir p'lo Chiado a baixo e o Chiado parecia n'aquella noite sem arcos voltaicos uma ponte levadiça sobre uma barbacã descommunal. Do outro lado a Alice tinha chegado tarde.

E verdade tinha Santo Agostinho em affirmar que tudo se paga n'este mundo um jornal de vintem tem p'lo menos uma torre de marfim e os de dez réis depois da quarta pagina ainda teem mais duas de annuncios.

Foi ela! gritaram todas de braços estendidos na mesma direcção, e um gallo que tinha na testa tambem tinha sido ela mas de proposito. Ela não disse nada, levantou a saia tirou do bôlso da saia de baixo um rato pôdre muito bem embrulhado e pegando-lhe p'lo rabo até muito perto da luz gritou indignada co'aquela evidencia prá senhora é pró patrão: era o meu lunch! e voltando-se para elas atirou-o violentamente

Entrementes debanda a philarmonica, Allugada p'lo grande directorio, Que devêra tocar a marcha sonica Ao romper do comicio o grão vivorio;

Com que então, meu filho? E esta?! se a este lar se , faculta e presta O mysierio da tal santa doutrina! Talvez! Talvez que a Graça, a obra Divina, Por aqui estendesse o puro manto, E que depois, p'lo dom do Esp'rito Santo, Eu tambem seja pae?! Talvez, talvez O mysterio julgasse pôr-me aos pés O filho que me indica, não é assim?... Ora vamos senhora!

Preguntou se eu ainda tinha boa voz e se não tinha penna d'aquellas serenatas ao luar p'lo rio todos muito apertados com as primas da Eira de Pedra no bóte do tio d'elle. Elle achava que se calhar eu tinha esquecido todos aquelles fadinhos tão catitas e ficou com um O maiusculo na cara toda quando eu lhe disse que não namorava a Alice.

Eu a chorar!... e lagrimas ardentes Deslisando nas faces reviventes De vergonha! Porque? E que fiz eu? Fiz tudo e nada! Fiz crime e labeu; Tudo, tudo p'lo mal d'uma existencia, E nada, nada pela inconsciencia. E porque alguem, alguem me aniquilou, Fiz tudo, e nada. Fiz... fiz o que sou! Eu a chorar! e lagrimas ardentes, Velando os olhos bem reminiscentes Do que vi!...

Irei á noite com Marie Larife, Venus do macadam, Fazer sentir ao do teu esquife Os gostos do cancan... E no tempo das courses, p'lo verão Assim t'o juro eu Irei dar parte á tua podridão Se o Gladiador venceu... Eram dez horas. Carlos Fradique, com uma voz impassivel, quasi languida, contava as situações monstruosas de uma paixão mystica que tivera por uma negra antropophaga.

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