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Querem saber o que elle fez outro dia... o meu Totósinho... e affagava-o correndo-lhe a mão pelo dorso, n'uma boa caricia amoravel estava eu deitada, elle dorme no meu quarto o Totó e ouço-o gemer, gemer, parecia mesmo um christão, fóra a alma, chamo por elle, vem muito candongueiro...

Ouço-o com boa vontade, porque sei que quer o meu bem; mas hei de fazer o que a honra e o coração me aconselhar. Ao anoitecer, Simão, como estivesse sósinho, escreveu uma longa carta, da qual extractamos os seguintes periodos: «Considero-te perdida, Thereza. O sol de ámanhã póde ser que eu o não veja. Tudo, em volta de mim, tem uma côr de morte.

E a tua silhuete loira e desgrenhada, Tem risos de cristaes partidos, que eu bem sinto, Em noites de volupia, á luz da madrugada! Á noite, as tuas mãos, são gumes de punhal, Depois de terem morto alguem sem fazer mal... Tua voz é o Fado... eu ouço-o quando passa! No Mundo és o Drama, a Farça, és a Comedia! Ás vezes tambem és palhaço na Tragedia!

E partirei talvez sem lhe deixar, Na memoria, esse interno e fundo olhar, A comovida imagem do meu sêr... Tarde. Vagueio por um outeiro. Sua Imgem chimerica fluctua, Deante de mim, no espaço: é nevoeiro Vestindo de emoção a terra nua... E como na minh'alma se insinua Aquele etéreo Vulto... amôr primeiro! Ouço-o falar, fóra, á luz da lua. Vejo-o brincar na sombra do terreiro.

E, no emtanto, apesar da sua historia triste, Se os tempos tem corrido, a Lyra ainda existe Do devasso real, do lyrico histrião... Seu canto inda nos prende e ouvimol-o sem susto, E, ó Terror! ó Terror! eu que amo o Forte e o Justo, Ouço-o ás vezes tambem, dentro do coração!