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Assim diante de mim fallou Osanias, filho de Beothos, e membro do Sanhedrin. Então o magro historiador dos Herodes, cruzando com reverencia as mãos sobre o peito, saudou tres vezes aquelles homens facundos. Gad, immovel, orava. No azul da janella uma abelha côr d'ouro zumbia em torno da flôr de madresilva.

Mas Topsius quasi se prostrára, a beijar os seus sapatos redondos de couro amarello, atados por fios de ouro porque aquelle era o venerando Osanias, da familia pontifical de Beothos, ainda do sangue real de Aristobolus!

Gamaliel murmurou sombriamente: O Romano é cruel, mas escravo da legalidade. Então Osanias, filho de Beothos, disse com um sorriso molle e sem dentes, agitando de leve, sobre a purpura das almofadas, as mãos resplandecentes de anneis: Ou talvez seja que a mulher de Poncius proteja o Rabbi. Gamaliel, surdamente, amaldiçoou o impudor da Romana.

E como os oculos de Topsius interrogavam o venerando Osanias elle admirou-se que o Doutor ignorasse coisas tão conversadas no Templo, até pelos pastores que vem da Idumêa vender os cordeiros da Offrenda.

E que outra coisa fazem esses moços sem barba de Sybaris e de Lesbos, que passeiam todo o dia na via Judiciaria, e que vós outros, Essenios, abominaes de tal sorte, que correis a lavar as vestes n'uma cisterna se um d'elles roça por vós?... Tu ouviste Osanias, filho de Beothos... Jehovah é grande! e em verdade te digo que quando Rabbi Jeschoua, desprezando a Lei, á mulher adultera um perdão que tanto captiva os simples, cede á frouxidão da sua moral e não á abundancia da sua misericordia!

Quando ha um pretor romano em Jerusalem, quando são lanças romanas que velam ás portas do nosso Deus, a que vem esse visionario fallar do pão do céo e do vinho da verdade? A unica verdade util é que não deve haver romanos em Jerusalem!... Osanias, inquieto, olhou a janella cheia de luz, por onde as ameaças de Manassés se evolavam, vibrantes e livres. Gamaliel sorria friamente.

O homem vestido de linho alvo ergueu bruscamente a face, sacudindo o capuz de sobre os cabellos revoltos: o seu largo olhar azul fulgurou por toda a sala, n'um relampago, e apagou-se logo, sob a humildade grave das pestanas que se baixaram... Depois murmurou, lento e severo: Osanias, o Rabbi é casto! O velho riu, pesadamente. Casto, o Rabbi!

Tremulo, agarrára a espada: e o seu olhar alargava-se, com uma fulguração de revolta, como chamando avidamente os combates e a gloria dos supplicios. Então Osanias ergueu-se apoiado a um bastão que rematava n'uma pinha d'ouro. Um penoso cuidado parecia agora anuvear a sua velhice leviana.

E Osanias escarnecia a simplez de Gad: Em verdade, que aprendeis vós outros, Essenios, no vosso oasis d'Engaddi? Milagres! Milagres até os pagãos os fazem! Vai a Alexandria, ao porto do Eunotos, para a direita, onde estão as fabricas de papyros, e vês Magos fazendo milagres por um drachma, que é o preço d'um dia de trabalho.

E outra d'Ephrain, Suzanna, que uma noite, a um gesto do Rabbi, a um aceno do seu desejo, deixára o tear, deixára os filhos, e com o peculio domestico, escondido na ponta do manto, o seguira até Cesarêa...? Oh Osanias! gritou, batendo palmas folgazãs, o homem formoso que tinha uma espada com pedrarias.