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"A maldição que vae na luz do olhar, E mata, sem piedade, o nosso amôr: A creatura amada que nós vêmos Nascer viva das ondas da Harmonia, Como Venus das ondas océanicas. "Ai d'aqueles que, um dia, contemplaram A creatura amada, face a face! "Ai de ti, ai de ti, divino Orfeu! Lira desencantada e redusida A uma cruz de penumbra e de silencio..."

Meu Sêr que afirma o Bem, ante a miseria Das transitorias cousas; que alevanta, Contra a sombra do inferno, a Luz etérea! Meu Sêr espiritual que, alegre, canta, Se, por ventura, eu choro desolado, E que os Phantasmas lúgubres espanta; Meu Sêr creador do Espírito sagrado, O Redemptor das lagrimas, dos ais; Senhor dum novo Olimpo sublimado... Novo Orféu nos Abysmos infernaes.

1 Agora tu, Calíope, me ensina O que contou ao Rei o ilustre Gama: Inspira imortal canto e voz divina Neste peito mortal, que tanto te ama. Assim o claro inventor da Medicina, De quem Orfeu pariste, ó linda Dama, Nunca por Dafne, Clície ou Leucotoe, Te negue o amor devido, como soe.

Ó anjos da poesia, ó candidas beldades, Irmãs dos querubins, ó núncias do Céu, Que me acenáis ao longe, ao fundo das edades, Cantando heroicamente as velhas potestades Nas cordas triunfáis da lira de Tirtêu, E soluçando doces, místicas saudades Nas cordas pastorís da citara de Orfêu...

As suas expressões são como a lyra do Orfeu, que adormecem as dôres, ou como a harpa de David que acalentava as tribulações de Saul! Ha anjos, encarregados de cobrirem de flôres os espinhos que nascem sobre a carreira de alguns mortaes! Dê-me v. s.ª as suas ordens.

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