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Muito bonito! Estiveste em casa de Martha? Estive. Vae melhor? Muito melhor. Não te offereço d'esta gallinhola porque é de suppôr que não esteja ao teu gosto, disse Olympia dissecando a carcassa da avesinha. Agradeço, murmurou Magdalena deixando sua irmã, e dirigindo-se para o terceiro andar d'onde dias antes contemplava a galera de Manuel de Mendonça.

Estou d'accordo comtigo, e tanto, que se me falas serio, mas bem serio, entendes, farei com que Olympia te encontre alguma vez, e se te guiares pelos meus conselhos, vencerás a batalha.

Maria Olympia, que então passeava na sala, tão depressa lhe ouviu os pés, fez o que faria qualquer outra senhora na mesma situação: pegou de um jornal de modas, e sentou-se, lendo, com um grande ar de pouco caso. Galvão entrou offegante, risonho, cheio de carinhos, perguntando-lhe se estava zangada, e jurando que tinha um motivo para a demora, um motivo que ella havia de agradecer, se soubesse...

Fique portanto sabendo, accrescentou ella, que d'aqui a pouco tempo será filha de uma condessa! Que te parece Olympia? Parece-me que sua magestade acaba de nos dispensar uma grande honra, respondeu Olympia, para dizer qualquer coisa a sua mãe. Mas que vejo, Magdalena! disse D. Maria Egypciaca, voltando-se para sua filha. Que tens tu? meu Deus! que terrivel pallidez!

Vamos dar ordem para que tragam alguma coisa de comer a esta gente, disse Olympia, puxando pela saia de sua mãe. Safa, inimigo! Que esta rapariga não pensa n'outra coisa senão em comer, resmungava D. Maria Egypciaca á proporção que, seguida dos seus hospedes, saía do quarto de Jeronymo.

Teve mesmo ideia de rasgal-a, mas era peior, e não conseguiria fazel-o até o fim. Realmente, era uma situação original. Quando ella viu que não tinha remedio, determinou ceder. Que melhor occasião para ler no rosto d'elle a expressão da verdade? A carta era das mais explicitas; fallava da viuva em termos crús. Maria Olympia entregou-lh'a.

Ora, meu amigo, Magdalena é ciumenta como uma leôa, que não admitte que se divida o coração, prefere morrer por mim, abraçada á cruz do seu amor, do que ser minha, sem ter na fidelidade da minha alma. Comprehendes? Olha, se queres que te diga a verdade, não comprehendo bem essas cousas. Ahi tens tu porque eu gosto da minha Olympia.

Magdalena estremeceu de pejo ao ouvir a resposta de Olympia. N'este comenos, o criado que ficara junto do ferido entrou na casa de jantar para participar que elle havia tornado a si, dizendo poucos instantes depois o seu nome e a rua onde morava. Ajuntou em seguida o criado que um sujeito muito bem vestido pedira ao guarda portão para vir reconhecer o doente.

Olympia contentava se de atacar com vigor extraordinario cada prato de cosinha que o servente lhe apresentava pelo lado do coração, viscera que apenas lhe estremecia consoante o apimentado dos molhos onde o guizado se mergulhava!

Pois não, respondeu o visconde, e á de quem sou te prometto, que em menos de um mez, Olympia será tua mulher. Despedindo-se do visconde, o conselheiro seguiu para o paço. «Vae tudo ás mil maravilhas, pensava elle. Com esta missiva official farei de Tristão quanto me aprouver! Tenho até a certeza que obteria a mão de Magdalena. E porque não hei de requisital-a?

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